Ele começou a caminhar até mim após jogar o copo de tequila no chão, pulou sobre a mesinha à nossa frente e sentou-se ao meu lado. Me fitou com o olhar, praticamente me despindo em sua mente, e eu fiquei parada o olhando só com o canto dos olhos. Até ele pegar em meu rosto e lamber toda a minha bochecha, de baixo pra cima. Eu não sei exatamente qual foi o motivo, talvez os shots de tequila que já havia tomado, ou o vinho de mais cedo, mas eu havia gostado. Foi meio... excitante. Sorri e virei para o outro lado, segurando o rosto de Andy e fazendo o mesmo nela. E assim foi seguindo a rodinha.
O rockeiro sexy subiu em cima do banco, virou outro shot e atirou o copo para longe, abrindo os braços, arrancando um "é isso!" em uníssono das pessoas que estavam perto. Tão espalhafatoso. Sentou-se em seguida e, me olhando com um sorriso, disse:
- Sou Tommy.
- Eu sou a Pam.
Falei sorrindo. Em seguida fomos pra pista de dança. Começou a tocar Be My Lover, do La Bouche. Brindamos mais shots de tequila e viramos. Ele dançou comigo ao som da batida, enquanto as meninas dançavam ao nosso redor também. Sentia o calor do seu hálito em meu pescoço. Peguei sal e limão, joguei o sal em seu ombro e depois lambi tudo, colocando o pedacinho de limão em sua boca, me aproximando e pegando de volta com calma, roçando de leve nossos lábios. Tommy me deitou sobre um dos balcões dali e levantou a minha perna, passando a língua por ela toda, até a parte interna da minha coxa. Ele era definitivamente louco.
Saímos da pista depois de um tempo, voltando para o local onde estávamos sentados. Tommy ficou ao meu lado e estava contando histórias sobre o que seus amigos rockeiros faziam durante suas longas e loucas turnês pelo mundo.
- Ele estava com vontade de cheirar. Era de manhã e a porra do pó já havia acabado. Então viu uma trilha de formigas no chão e... cheirou tudo!
- Não! Formigas?
- Formigas, baby!
Estava incrédula, até levei as mãos ao rosto. Rockeiros eram definitivamente a pior espécie. Ri pegando meu drink de cima da mesa e Tommy se aproximou de mim falando em meu ouvido que iria ao banheiro. Eu apenas sorri concordando com a cabeça. Quando ele saiu, Andy passou para o meu lado.
- Ele tem cara de quem vai dar problema.
- Ele é divertido.
- Me prometa que não vai namorar com ele.
- Andy! - disse rindo.
- Me prometa.
- Eu prometo tá legal? Só... vamos aproveitar a noite.
Falei e ela me olhou com dúvida, mas logo se soltou de novo quando Knickie veio para o seu lado e lhe deu um beijão.
As horas passaram rápido e eu já estava cambaleando. Tirei os saltos segurando-os nas mãos, indo em direção ao estacionamento, até o carro de Knickie. Eles provavelmente estavam se comendo em algum canto mas eu precisava sair da boate ou ia acabar dormindo por lá mesmo.
- Ei... ainda está cedo!
Me viro para olhar quem falava e vejo Tommy correndo em minha direção.
- Não Tommy... amanhã eu tenho que viajar.
- Não são nem 4h da manhã!
Continuei indo até o carro, pulando a porta e me jogando no banco de trás. Tommy fez o mesmo sentando ao meu lado.
- Eu tenho que ir, baby.
Ele fez uma carinha de triste. Eu ri.
- Pra onde você vai amanhã?
- Cancún.
- O quê!? Porra, eu amo Cancún! - Tommy fala todo empolgado.
- É sério, baby... eu preciso ir.
- Seus amigos nem chegaram ainda... fica mais um pouco.
Dobrando a boate, vimos Knickie vindo com Andy ao lado, ou pelo menos tentando. Os dois estavam mais bêbados que todos naquela rodinha. Céus... aquele seria o meu motorista.
- Eles chegaram. Você precisa ir.
Falo e o puxo pela nuca para um beijo. Sua boca era macia e gostosa, foi difícil não aceitar ficar mais e ir para outro lugar com Tommy depois daqui.
- Tá, tá... mas com uma condição.
- Qual?
- Quero o seu número.
Knickie chega e abre a porta do motorista, se assustando ao olhar para trás ao ver nós dois ali.
- Sai do meu carro seu rockeiro louco.
Ele diz enrolando a língua, fazendo a gente rir. Não conseguia nem falar. Andy entra do outro lado e estica os pés sobre o painel.
- Deixe minha amiga em paz Tommy Lee, você é muito problemático pra minha Pam.
Eu reviro os olhos, vendo uma caneta jogada no chão do carro. Pego ela e a mão de Tommy, escrevendo o meu número e um "não me ligue" bem grande embaixo. Ele me deu um selinho e pulou para fora do carro novamente. Knickie deu partida e começamos a sair dali. Olhei para trás vendo Tommy animado, correndo para dentro da boate novamente.
Esses rockeiros definitivamente não valiam nada. E eu gostava.
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Motley Dirt - um amor perigoso
FanfictionFanfic inspirada na série Pam and Tommy. Onde Pamela, uma das atrizes de TV mais famosas dos anos 90, passa por mais uma desilusão amorosa mas acaba conhecendo Tommy, o baterista do Motley Crüe, no meio do caminho.