Um breu,
Caos que sufoca,
Sons de batidas na porta,
E então, a pupila dilataO que aconteceu?
O que tudo isso tem a ver?
Ninguém a entendeu
Nem ao menos vocêNem se quer, viva esta
Vida nunca foi apenas questão de respirar
Ela vegeta em seus próprios pensamentos
Grita, chora, mas nem mesmo ela se ouve
São como aflições confessas ao ventoComo você não consegue entendê-la?
Ela se cala para o caos dentro de si
Mesmo ao lembrar das batidas
As mesmas que anunciaram a entrada
Daquele que destruiu com sua vidaCheio de si, você afirma que a ama
Mas me diga,
Sabe qual o seu maior medo ao deitar-se a cama?Sei que não, então entenda
Protege-la, ainda não será o suficiente para que se sinta segura
E apenas amor não será sua cura
O coração dela sangra ao se recordar
Do corpo as marcas saíram,
Mas as da alma ainda estão lá
E nem mesmo ela acredita que um dia poderão cicatrizar.