Capítulo 18

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Obs: Esse capítulo está grandinho, tem várias conversas com pontos de vistas diferentes, Feyre e Rhys; Nestha e Cassian; Ayla e Nyx. Tentei uma coisa nova mas não sei se deu muito certo. Espero que gostem. Preparem os corações, porque como diz meu professor de química: Daqui pra frente é só pra trás.

A Inauguração da casa Archeron

A inauguração da mais nova galeria Archeron havia chegado com muita expectativa para a corte dos sonhos, não era segredo para ninguém sobre o projeto social da grã senhora que vinha ganhando formato nos últimos anos, crianças e jovens feéricas haviam ganhado espaço e voz através desse projeto.

A grã senhora estava esplêndida naquela tarde,o vestido prateado e brilhoso marcava bem sua curvas, as mangas longas, o decote em V valorizavam seus seios mais não a deixavam vulgar, a fenda em sua perna direita a deixava sensual, elegante e soberana.

Freyre estava entusiasmada, ansiosa também, não é como se nunca tivesse feito algo do porte, acreditem ela fez, mas sempre que algo envolvia a comunidade e sua família deixava a grã senhora nervosa, o frio acariciando seu ventre tornou-se seu amigo e era uma questão de tempo até ir embora.

Ryshand pareceu ler os pensamentos de esposa quando se aproximou da mesma depositando sua mão na cintura e garantindo que estava tudo bem, seria um evento simples, uma reunião com alguns amigos e críticos, nada fugindo da normalidade, o macho particularmente achou tudo aquilo explêndido.

O espaço era aconchegante, as paredes imitavam tijolos e a iluminação com luzes amarelas deixavam tudo mais íntimo e agradável, Os quadros com molduras douradas e pretas escuras se destacava nas paredes, era tudo inovador e delicado demais, o grão senhor não tinha dúvidas que o ambiente e o conteúdo das obras agradaria a todos.

Mesmo sabendo que sua esposa não concordava com sua opinião.

-Feyre querida, acalme-se, está tudo indo bem.- sussurrou com a voz aveludada no ouvido da feérica.

-Não está indo nada bem, você viu a posição das lâmpadas? Estou me sentindo no andar subterrâneo da biblioteca. E o espaço? Estou me sentindo claustrofóbica. Pelo caldeirão Rhys eu acho que vou desmaiar.- a mesma disse de forma rápida quase atropelando as palavras enquanto gesticulava com as mãos rapidamente em frente ao seu rosto.

-Ei,ei.- ele a chamou puxando para dentro de seu espaço pessoal, descendo as mãos sob sua coluna.- Já passamos por isso antes ok? Respire fundo e conte em números pares. Vamos amor, conte comigo.

-Dois, quatro, seis, oito...- ela respirava na pausa de um número para o outro, nunca tirando a atenção dos olhos azuis-violetas a sua frente, a imensidão do que ela acreditava ser a via- láctea, o que segundo seu filho era o que fazia ser nosso mundo tão pequeno e tão distante no espaço, estava ali, parado em frente a ela.

Olhando-a como se fosse a ponte do universo, como se fosse o próprio universo, ela nunca se esqueceu da primeira vez que se sentiu assim, e nunca se esqueceria:- Eu te amo.

-Assim? Gratuito?- Rhysand riu jogando sua cabeça para trás, era um som gostoso de se ouvir. Feyre aproveitou o momento para deliciar-se com a visão do marido, vestindo um terno escuro como de costume, com detalhes prateados em forma de luas e estrelas, mas nunca deixando a elegância e a praticidade de lado. Ela era uma fêmea de sorte e sabia disso.

-Talvez deva esperar uma recompensa mais tarde.- ela sussurrou sugestiva para o macho a sua frente, que apenas semicerrou o olhar e lhe deu um sorriso malicioso.

-Coisa cruel e travessa.- curvou seu pescoço até o ouvido de sua esposa soltando a voz em um sussurro cruel, fazendo com que os pelos do corpo da grã senhora se arrepiarem em contato com seu hálito.- Nyx voltará para o acampamento hoje, então prepare-se para fazer essa corte tremer.

Corte da IrmandadeOnde histórias criam vida. Descubra agora