Meu desejo, sua perdição.

Capítulo 1

As pessoas a minha volta se mexem dançando no ritmo da música, outras estão sentadas no bar bebendo, jogando conversa fora, mas existe outra parte, na qual eu faço parte, aproveitando ao máximo tudo que a noite tem a oferecer. Meus olhos percorrem todo recinto atrás da minha próxima presa.

Lisa está ao meu lado, e assim como eu, ela também está à procura de alguma diversão para a noite de hoje. Ela me olha e lança uma piscadela e sai, é o seu sinal me dizendo que já encontrou a sua vítima da noite. Lisa consegue ser mais terrível do que eu.

— Deveria ser um crime uma mulher tão linda sentada em um bar sozinha. — Uma voz rouca se ergue atrás de mim, assim que me sento para esperar o meu drink.

Viro-me e no primeiro momento tenho um choque, o homem é simplesmente lindo. Alto, pele clara, seu cabelo castanho está cortado impecavelmente, vestido de forma casual, seu rosto quase quadrado e sua barba formal o que parecer ser uma combinação irritante de deslumbrante, e seus olhos são... são de um azul tão diferente, que chega a ser tonalizado para o verde0, sua boca desenhada distintamente compondo um sorriso azucrinante de tão lindo que é, e para fechar o pacote o meu ponto fraco: covinhas.

Nota-se que ele tem o porte físico que causa inveja a qualquer homem, camisa de botão da cor verde musgo se acentua bem nos seus ombros, desço meu olhar até a sua calça que parece ter sido feita para ele, reparo que ele parece ser dotado, continuo descendo meu olhar e chego aos seus sapatos que são da cor marrom para completar o conjunto capaz de deixar qualquer pessoa de pernas bambas. No caso, me deixar de pernas bambas, acho que achei a diversão dessa noite.

— Pelo jeito que sorri acredito que aprecia o que vê. — Volta a falar me fazendo olhar para o seu rosto e contemplar o seu sorriso safado.

— Aprecio e muito! — Digo estendendo em sua direção a minha taça de gin.

— Fico feliz, pois também gosto bastante do que vejo. — Volta a falar com o seu sorriso sedutor. — por favor, uma cerveja. — Pede ao barman e aproveito para analisar o seu perfil.

— Esse lugar ao meu lado está vago, pode se sentar. — Ponho em prática os bons modos adquiridos graças aos ensinamentos dos meus pais.

— Obrigado, você é sempre assim gentil? — Pergunta após bebericar sua cerveja.

— Eu tive uma boa educação... — Lanço a frase no ar.

— Não tenho dúvida disso. Você não é daqui, ou é? — Pergunta debruçando-se próximo do meu corpo, tenho seus cotovelos apoiados no joelho.

— Não, não sou... Vim em busca de diversão. — Respondo com a minha melhor cara de boa moça.

— E você conseguiu o que queria? — Questiona me fitando com seus olhos penetrantes.

— Eu não sei, consegui? — Digo e vejo suas pupilas dilatarem.

[...]

— Qual quarto? — Ele pergunta beijando meu pescoço.

Nesse momento estamos no elevador do hotel em que estou hospedada.

— 307. — Sussurro quase gemendo quando sinto sua mão apertar minha bunda deixando nossos corpos ainda mais colados.

Assim que escutamos o barulho do elevador mostrando que chegamos ao andar que dá para o quarto, ele vai nos levando para fora até pararmos em frente da porta da minha suíte.

Sem desgrudar dele, procuro pelo cartão de acesso na bolsa. Estou tão acostumada a isso que hoje em dia não encontro qualquer dificuldade para procurar o cartão e me divertir sempre ao mesmo tempo.