Único

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- Interrompemos a transmissão do Masterchef França para um corte ao vivo da repórter Nadja Chamack, cobrindo uma luta épica aqui em Paris, é com você Nadja!

- Boa tarde a todos, aqui é Nadja Chamack e estamos ao vivo diretamente da Torre Eiffel onde Chat Noir está em combate contra um novo akumatizado denominado "Jelly-Jean". Por enquanto, nenhum sinal de Ladybug, Maurice.

- Chat está batalhando sozinho então?!

- Por incrível que pareça não, Maurice. Chat está acompanhado de uma criança, presa por um canguru em seu corpo. Não sabemos ainda a idade do bebê, mas deve ter entre dois ou três anos.

Marinette, assim que viu o zoom do câmera man na luta que estava acontecendo em Paris, afogou-se com o café que bebericava em uma cafeteria. Sua irmã, Bridgette, a olhou com repreenda, sem ter visto, de fato, a tv ou o que passava nela atrás de si.

- Marinette, preste mais atenção no que faz! - ela falou, a entregando um guardanapo em desdém.

Por sua vez, Marinette continuou afogada, tossindo para que o ar pudesse voltar ao seus pulmões e ela recobrasse a sã consciência. "QUE RAIOS ADRIEN ESTAVA FAZENDO?!!".

Bridgette permaneceu encarando a irmã sem entender o tamanho assombro nos olhos esbugalhados de Marinette. Ela, em resposta, bateu na mesa e apontou para tv ligada perto do balcão.

Assim que viu a reportagem ao vivo que estava acontecendo, Bridgette se voltou à irmã, dessa vez apavorada.

- Meu Deus! - levou uma das mãos em sua boca - O que ele está fazendo.

Marinette tentou recobrar a postura.

- Eu espero que ele -cof-cof- não se machuque nessa batalha, porque quero ter o -cof- prazer de matá-lo com as minhas -cof-cof- próprias mãos! - ela exclamou, roubando a garrafa de água de sua irmã e a bebendo com voracidade.

- É isso que acontece quando nós, mulheres, saímos e deixamos os homens sozinhos por cinco horinhas de distância. - Bridgette murmurou, revirando os olhos.

Nesse momento Marinette havia se arrependido amargamente de ter deixado Paris para acompanhar sua irmã na organização do casamento da mesma, que ocorreria em uma semana, em uma cidadezinha no sul da França. "Pode ir, amor! Se divirta!", "Eu tomo conta de Louis, amor! Fica tranquila!" - TUDO UMA PALHAÇADA QUE ELE HAVIA DITO.

Marinette queria esganar Adrien. Ela devoraria seus rins e depois seu coração. Ou poderia tortura-lo com o silêncio, ou talvez uma greve geral. "No que ele estava pensando? Em NADA, muito provavelmente!".

O combinado era claro: em caso de akumatização, Adrien entregaria Louis para Félix ou Alya e iria para batalha, já que ela não estaria lá para ajuda-lo. Eles haviam repassado esse plano zilhões de vezes. Haviam até mesmo decorado a rotina dos dois para saber qual padrinho seria melhor recorrer em certas horas do dia. O que havia acontecido com esse plano?

Cada detalhe minucioso sobre a batalha fora acompanhado por Marinette do outro lado da França. Ela rezava para que os dois permanecessem bem no final disso tudo. Senhor, se algo acontecesse   a Louis, ou a Adrien ela morreria.

A câmera vivia focando no bebê ali pendurado, dando risada de toda a situação. Marinette não podia negar: Louis estava uma fofura no mini traje de Chat Noir. Ela ainda se lembrava de quando Adrien comprou aquela roupinha. Louis nem havia nascido ainda. Ele havia pego o menor tamanho que existia, pena que essas fantasias só serviam para crianças maiores que três anos.

Olhando tudo de fora, Marinette sentiu o coração derreter. Sim, estava com raiva de Adrien, mas ver os seus dois maiores tesouros fazendo coisas juntos, nem que seja em uma batalha, a deixava toda bobinha. Louis era a cara do pai. Loirinho, olhos esverdeados. Era um mini Chat.

Filho de peixe, peixinho éOnde histórias criam vida. Descubra agora