WolForest (Descontinuado)

as luzes

Capítulo 1 - as luzes

Pela sinuosa e gélida estrada, envolto em névoas fantasmagóricas, um jovem percorria um longo caminho, em sua cabeça parecia que quanto mais ele caminhava mais longo o caminho se tornava, mas ainda assim o mesmo não se deixava abalar nem desanimar e continuava sua jornada rumo a um local desconhecido.

As sombras ficavam cada vez mais densas dentro da grande floresta que se situava aos arredores do caminho pelo qual ele andara, ao longe podiam se ouvir os uivos dos lobos, porém, mesmo que longe era como se ainda assim eles pudessem aparecer a qualquer momento na sua frente, surgindo das sombras como fantasmas na noite.

O medo adentrava dentro da alma daquele jovem, era como se em qualquer deslize cometido alguma fera pudesse brotar do chão e abocanhar a sua perna.

De repente, em seu bolso, um celular toca (trrim-trrim-trrim)

-alô, quem é?

pergunta o jovem misterioso

-Não se finja de sonso stuart, você sabe que sou eu, quem mais iria te ligar em uma situação dessas?

Responde a outra pessoa furiosamente

-Nossa, que grosseria, você realmente não sabe ser gentil não é?

-Para de palhaçada, porque você foi embora de novo? Seus pais vão me matar assim que perceberem que você não está aqui

-Você sabe o porquê, e não importa o'que quer que você me diga, lilith, eu não vou voltar

-Ei cara, eu sei que você está irritado agora, mas ainda assim, você não acha que está exagerando? É sério, volta pra cá, sua mãe vai ficar muito preocupada

-Nunca! você não faz ideia do que eu tive que passar naquele lugar então não venha me dizer que você entende o'que eu estou sentindo

-É sério isso? Vai ficar de birra agora stu? Sinceramente, estou decepcionada com você

-Ah! Quer saber? Tchau, não fale comigo já que está tão decepcionada então! Apenas pme deixa em paz!

(Desliga)

"Sério, eu esperaria isso de qualquer pessoa menos da minha melhor amiga" pensou stuart enquanto continuava seu caminho, porém oque ele talvez não esperasse era que ele não estaria tão sozinho assim naquele lugar, em meio aquela imensa vastidão que o cercava, havia algo tão terrível que talvez até o próprio demônio tremeria de medo ao ver sua imagem, ele o observava continuamente em silêncio.

Stuart continua andando, seus passos pressionam as folhas no chão do caminho na lateral da estrada produzindo um som estalido, desconfortável e desconcertante.

Ele evita olhar para a floresta, afinal ele sempre fora uma pessoa muito imaginativa, a primeira espiada que dera ele sentira como se as próprias árvores o estivessem observando, após muito tempo caminhando ele já não sabia mais se estava apenas imaginando coisas.

O celular toca em seu bolso, mas stuart não quer atender, ele já teve problemas demais fugindo de casa e, para ele, era algo que partia o coração ver que a pessoa em quem ele mais confiava estava agora contra ele também.

Ele se sentia despedaçado por dentro, era como se a sua alma fosse fragmentada e os pedaços fossem distanciados o máximo possível e isso era excruciante para ele, mas ainda assim ele sabia que do ponto onde ele estava não havia mais volta, ou pelo menos ele achava isso.

Porém seus devaneios são interrompidos abruptamente, um som alto provindo do farfalhar dos arbustos o amedronta, ele não tem ideia do que é aquilo, mas o que quer que seja deve ser muito grande para fazer tal barulho.