Boas Vindas a Agente Danvers

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- Agentes. - disse Nick Fury, principal diretor da SHIELD, para que todos os agentes reunidos no piso debaixo olhassem para nós. Eu estava ao lado dele assim como Agente Hill. - Reuni todos aqui hoje para que pudessem dar as boas-vindas oficiais a Agente Danvers. - ele apontou para mim e eu acenei com a cabeça. - Danvers auxiliou a equipe da SHIELD na queda da organização ao pilotar para o Capitão America, Agente Romanoff e Falcão. Também ficou responsável, nessa mesma base em que estamos, por parte das naves que resgatam as vítimas de Sokovia. É mestre em artes marciais e combates armados e desarmados, poliglota por 15 línguas, ex agente da CIA e FBI, ex astronauta e chefe de segurança da NASA, ex-coronel piloto da Força Aérea, ex-Chefe de segurança do Centro Espacial Kennedy e atual Agente Especial nível 7 da SHIELD. - ele brincou de "perder" o fôlego devida a extensa lista de meus atributos. - Bem vinda, Danvers.

- Obrigada. - agradeci em reverência enquanto alguns colegas aplaudiam.

- Comece a escalar sua equipe. - Fury ordenou sendo seguido por Hill e me deixando à deriva daqueles olhares tanto quanto ciumentos.

- Do que a senhorita precisa, Agente Danvers? - perguntou uma moça.

- O que você tem pra mim? - eu repliquei andando em direção a uma das salas de arquivos digitais na base. 

Logo, Agente 22 chegou com a solução me apresentando diversos agentes inteligentes, fortes, bem recomendados e com grandes currículos abastecidos pela própria SHIELD ou por outros de fora. Com um verdadeiro leque de opções, tive que ir eliminando aqueles que não possuíam recomendações nem de Fury e nem de Coulson, mas também não facilitou tanto assim, pois Phillip é o tipo de coordenador que conhece cada um de seus empregados. Foi aí que recorri à Maria Hill e logo eu tive um time escalado de três mulheres e três homens.

- Ouvi que você é feminista. - Maria comentou.

- Acho que é só impressão. - respondi e ela riu um pouco.

Eu sou realmente feminista. Lutei e ainda luto muito pelos meus direitos e pelos direitos de todas as mulheres assim como a igualdade dos sexos. Depois de ter conquistado tudo o que eu já conquistei, sem ainda nem ter completado 30 anos de idade, a vontade de fazer as mulheres lutarem é ainda maior. Porém, para um bom equilíbrio na equipe, abri não de montar um time exclusivamente feminino, o que também não seria certo pois o feminismo é a igualdade e não a preferência do sexo. Quando terminei de resolver a papelada com a Agente 22 daqueles que eu havia recrutado, os seguintes chamados vieram ao meu encontro em uma sala que eu ganhei para minha equipe.

***

Minha equipe já estava formada. Eu já estava devidamente uniformizada, mas minhas ordens ainda não haviam chegado e eu estava entediada, por isso, tratei de ir até a sala do Franco Atirador, para a especialização em Snipers - armas de longa distância. Os agentes normais não apostam muito nessa técnica, mas quando se é agente especial, saber acertar um alvo de distâncias muito longas é essencial para o sucesso da missão. Além disso, é um ótimo exercício para quem quer ficar sozinho, em silêncio, apenas se concentrando. Aprendi tais coisas na CIA, mas não desfrutei muito do meu passatempo quando minha escuta apitou indicando que fora ligada.

- Agente Danvers. - era a 22.

- Sim? - respondi procurando um último alvo na fileira de coisas que se mexiam em um cenário produzido.

- Agente Coulson quer te ver. - disse.

- Estou indo. - respondi.

Finalmente acertei o alvo que queria e confirmei a pontuação: 129 acertos em 130 tiros. "Franco atirador" era a minha função favorita na espionagem e era triste não ter como desfrutar dessa tarefa o tempo todo, mas ainda assim, sai da sala satisfeita. Peguei o elevador e subi até o escritório de Coulson, no penúltimo andar do prédio.

- Olha quem finalmente resolveu aparecer. - ele disse simpático enquanto vinha me abraçar. - Estava ansioso por isso.

- Ah, eu também. - abracei ele. - E não vejo a hora de voltar pro campo.

- Que bom porque o que eu tenho é realmente uma missão daquelas! - Coulson mirou um controle para a parede e uma tela desceu.

- Isso é música para os meus ouvidos. - sorria me sentando no sofá da sala dele enquanto ele abria um mapa na tela. - O que é isso?

- Chame sua equipe aqui. Vou explicar tudo de uma vez. - Coulson ordenou e rapidamente eu pedi para a Agente 22 chamar as minhas crias. Quando eles chegaram (o que não demorou muito e eu gostei disso), o braço direito de Nick Fury começou a explicar. - Essas manchas vermelhas no mapa representam o que foi detectado de Raios Gama durante os últimos dois meses na região da Nova Zelândia. - ele apontava para dois mapas com significativas diferenças da presença dos Raios.

- Ah, meu Deus! - Simmons disse chocada.

- E isso é tudo o que temos. - Coulson desligou a tela e se sentou na cadeira de chefe.

- Não entendi. - Barbara se pronunciou. - O que devemos fazer com isso?

- Vocês irão até lá e descobrirão o que está causando essa produção de Raios Gama tão alta. - Coulson disse como se fosse bem simples enquanto preparava uma xícara na máquina de café.

- Um satélite e a SWORD não podem fazer isso? - eu questionei.

- Querida. - Coulson me olhou. - Você é o nosso satélite E a nossa SWORD. - ele piscou.

- Tudo bem. - eu levantei do sofá e todos me olharam tipo "o que essa louca pretende fazer?". - Ao trabalho, queridos.

- Aproveite e mande lembranças minhas para nossos velhos amigos. - Coulson gritou enquanto eu saia da sala.

- HYDRA? - May perguntou.

- HYDRA. - eu confirmei.

Pegamos o elevador, em silêncio, diretamente para a nossa pequena sala, que na verdade tinha um imenso laboratório de pesquisas e treinamento.

- Eu acho que deveríamos nos preocupar. - Skye comentou. - Se a SHIELD só tem um simples mapa.

- A SHIELD não tem só um mapa. - eu respondi e todos me olhavam. - Isso é a tarefa-teste. - eles me olhavam cada vez mais confusos. - Tarefa-teste é designado àqueles que começam um novo nível de agente ou, geralmente, a quem é novo. - eles começaram a parecer entender. - Eles estão me testando. Testando minhas técnicas de líder, minhas artimanhas de combate, meus conhecimentos e, principalmente, eles estão testando a minha equipe e como trabalhamos juntos.

- Então... Ela tem todas as informações, mas são incógnitas para nós. - Fitz finalmente disse e eles estavam como "já sabemos".

- Nós temos quem, nós temos onde e nós o que. Quem é o "x"? - perguntei desenhando ali na mesa digital.

HYDRA = quem
N.Z = onde
GAMA = o que
X = ?

- O porquê! - Fitz respondeu adivinhando chocado.

- De duas, uma: pessoas ou armas? - Ward questionou.

- As duas? - eu levantei a última questão e, com isso, dei as ordens. - Skye, abra todos os satélites que você conseguir na Nova Zelândia, rastreie cada canto por qualquer onda de radiação diferente. Ward e Bobbi, peguem algumas armas. Fitz e Simmons, me façam uma pesquisa geral sobre o Raios Gama e o acidente de Bruce. Mackenzie, me escolha uma nave: estamos de saída.

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