Há eras, quando o mundo ainda estava em formação e as forças cósmicas dançavam no vazio, os deuses eram meras manifestações de energia e ideias. Não haviam conflitos, apenas propósitos que surgiam e se cumpriam, em perfeita harmonia com o universo. Mas, conforme o tempo passou, a consciência de cada divindade foi tomando forma. Surgiram ambições, conflitos de interesses e, eventualmente, o desejo por controle sobre as forças da criação
Com o surgimento da Terra e das criaturas mortais, os deuses perceberam seu poder e sua influência sobre o destino de incontáveis vidas. Foi então que os primeiros grandes conflitos entre eles eclodiram. Cada panteão se erguia com seu próprio poder e objetivos, e alianças frágeis se formavam apenas para serem quebradas. A vaidade dos deuses os separava e os tornava adversários uns dos outros
Após milênios de guerras entre eles, que ameaçavam não apenas a existência dos mortais, mas também o próprio equilíbrio do cosmos, surgiu a necessidade de um controle maior. Foi então que Zeus decidiu criar um torneio, um torneio que criaria o conselho Divino, 5 Deuses que decidiriam sobre assuntos mais importantes, e esses Deuses, levariam as Decisões aos demais
E assim, formou-se o Conselho Divino, composto por representantes de cada panteão, escolhidos para decidir o futuro dos reinos celestiais e mortais
Essa união marcou o início de uma paz relativa entre os deuses. O Conselho passava eras em discussões e decisões, controlando e intervindo quando necessário. Mas, com o tempo, um nome tornou-se um espectro inquietante entre os membros do Conselho: Loki. O deus da trapaça e do caos, um enigma entre os próprios deuses, com seu olhar sempre voltado para os segredos mais profundos do universo. Loki trazia inquietação e mistério, e, apesar das tentativas de controle, ele sempre escapava das limitações impostas. Até que, após uma traição que quase pôs fim ao equilíbrio dos reinos, o Conselho decidiu por seu exílio
Os anos se passaram desde que Loki foi expulso, mas seu silêncio recente apenas aumentava a tensão no Conselho. Os deuses se reuniram novamente em sua sala escura, sob a luz solitária do candelabro prateado, sentindo o peso de mil anos desde seu último encontro completo. Cada um deles ocupava uma cadeira ao redor da mesa redonda, observando a tensão no ar, cada pensamento focado na sombra de um possível retorno do exilado
Zeus, o representante dos deuses; Athena, deusa da guerra e sabedoria; Anúbis, o deus egípcio dos mortos; Thanatos, deus grego da morte; e por fim, Brunilda, a mais velha e sábia das valquírias, uma semideusa
- Precisamos descobrir o que Loki está planejando. Não me engano: ele não fica em silêncio por tanto tempo sem estar tramando algo - disse Athena, com sua postura imponente, vestida em uma longa túnica branca que tocava o chão, o traje clássico dos deuses gregos. Seus cabelos castanhos, ondulados e caindo até a cintura, se moviam suavemente conforme ela se inclinava para passar a mensagem. Seus olhos azuis, penetrantes e frios, transmitiam uma seriedade quase intimidante
Ela fez uma pausa antes de mudar de assunto, sua expressão ainda firme. Com um movimento preciso, ela entregou alguns papéis a Thanatos, o deus da morte. Ele, com seus longos cabelos prateados que caíam em ondas elegantes, tinha uma presença que parecia envolver toda a sala. Seus olhos azul-claro eram profundos, como se enxergassem os segredos das almas. Seu manto branco, simples mas de um tecido que emanava um ar de sofisticação, caía com graça sobre uma túnica negra que moldava seu corpo esguio e atlético. O cinto trançado que se ajustava à sua cintura dava-lhe uma aparência ordenada, mas igualmente imponente
- E sobre a humanidade, já decidimos o que vamos fazer com eles? - Athena pergunta, sua voz fria e controlada, olhando para os outros com um semblante severo
Thanatos, que estava em silêncio até então, resmungou, a voz grave e áspera
- Nem preciso dizer, né? - ele começou, um tom de desdém ecoando em suas palavras - Esses mortais só sabem destruir tudo ao seu redor. Ao longo das décadas, as coisas não mudaram. Eles estão sempre arruinando o que foi construído, seja pelas suas guerras inúteis, seja pela destruição de suas próprias terras. Eles são um câncer que consome tudo ao seu redor. E, se não fosse por nós, as coisas já teriam ido para o inferno muito antes -
VOCÊ ESTÁ LENDO
Crepúsculo dos Deuses: O Último Desafio
AdventureApós mil anos de silêncio, os deuses se reúnem mais uma vez para decidir o destino da humanidade. Cansados dos erros e da destruição causados pelos humanos, eles planejam seu extermínio definitivo. No entanto, Brunilda, a líder das Valquírias, se op...