ombro amigo ou apenas mais um idiota?

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O celular de Intak tocava, mas o mesmo não queria atender, sabia quem era e porquê ligava.

Eram três da manhã, o jovem havia acordado por puro instinto de que Taeyang lhe ligaria e bom, nunca falhava.

Uma batida na porta lhe assustou, mas ao mesmo tempo lhe preocupou, caso fosse Choi a pessoa do outro lado, poderia ser algo sério.

Como sempre, Intak se rendeu ao choro baixo do outro.

Arrastou seus pés lentamente até a porta, não queria admitir que iria realmente ajudar o outro naquilo mais uma vez.

Novamente, Taeyang estava dentro do apartamento de Hwang, chorando e murmurando entre soluços.

O mais novo apenas observava, sabia que o outro estava bêbado, até porquê o cheiro de álcool podia ser sentido a quilômetros de distância.

"Ele foi embora, Intak, eu não acredito nisso", então o menino se abaixou, sabia que o loiro jogaria algo em sua direção, mas que sempre atingia a parede atrás de si. Dito e feito, o copo com bebida que Taeyang segurava, se despedaçou na parede branca.

Parecia um déjà vu, mas realmente era sempre a mesma coisa, as mesmas palavras, as mesmas ações, as mesmas bebidas.

Hwang se perguntava se Taeyang estaria tão cansado daquilo quanto ele, se ele não via aquela situação como estúpida sempre que ficava sóbrio, mas o mais novo nunca se prendia naqueles pensamentos, era mais inútil do quê tentar aconselhar o amigo.

Amigo, o de fios pretos podia realmente chamar o outro daquilo? Parecia mais que eram apenas peões em todas aquelas brincadeiras de Choi.

Ele sempre ligava chorando, então Intak ia lhe buscar, mas quando chegavam no apartamento do mesmo, Taeyang se irritava e quebrava as coisas, então apagava no sofá, deixando um jovem bobo cuidando de si.

No dia seguinte, Intak sempre o encontrava saindo com amigos, rindo e, até mesmo, os beijando, agindo como se nada houvesse acontecido horas antes.

O mais novo se perguntava se ele, algum dia, pararia de tentar salvar o Choi, mas a resposta não existia, pois, até quando dizia "não", significava "talvez".

Podia parecer que Hwang gostava do outro, talvez até fosse verdade no começo, mas agora tinha pena.

Pena por Taeyang não entender o quão destruído estava o mundo ao seu redor graças a suas ações.

Keeho e Haku, vizinhos do Choi, se mudaram graças aos gritos e brigas frequentes na casa de Taeyang.

A família de Jongseob, um jovem qual Taeyang havia sido contrato como um irmão mais velho, haviam desistido de manter o Choi que sempre sumia e aparecia bêbado.

Até mesmo Jiung, namorado de Intak, estava cansado daquilo e nem sequer estava no país.

O Choi não parecia saber como admitir que ele nem mesmo estava mais em um relacionamento e que apenas queria ter o apoio de Hwang.

Porém, depois daquilo, nunca mais viu o outro ou teve suas ligações atendidas.

Quando Taeyang foi embora no dia seguinte, Jiung voltou para casa e decidira que iria poupar o namorado da perseguição de Choi.

O casal mudou-se para uma casa perto da escola aonde Intak trabalhava, mudaram seus números de telefone e até mesmo pararam de seguir Taeyang nas redes sociais.

Era doloroso para o Hwang ter que deixar o outro sem ajuda, mas sabia que, mesmo se o Choi nunca lhe perdoasse, era o melhor para todos.

Algumas vezes, as pessoas usam outras em seus jogos apenas para verem até onde a relação deles pode chegar. E, frequentemente, não é quem brinca que sai magoado.

( ++ )
Acho que é mais um desabafo do quê uma fic, mas enfim né.

SAME PERSON, SAME MISTAKESOnde histórias criam vida. Descubra agora