Capítulo 79 - Dia 16 e 17: A véspera e o medo.

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Depois disso, não se teve mais contato direto entre eles. No momento em que isso estava se percorrendo, Tuito estava com medo. O medo percorria seu corpo de maneira descontrolada e que não podia parar mais. Estava nervoso, de acordo com a "profecia" que Sudds falou, naquela noite estrelada: "Ele irá morrer daqui 7 dias...". Sim, o dia do seu aniversário estava chegando. Dia 18 de agosto, o aniversário de Tuito e morte dele mesmo.

-Eu vou morrer. Eu vou morrer. Por que isso foi acontecer comigo? Logo comigo? – Tuito descia a escada e se escondia na parte das roupas e objetos ornamentais, sentando-se e ficando com os joelhos apoiados no chão e sua mão encobrindo-os.

-Qual o sentido da vida? Nós nascemos e nosso último acordo é a morte. Isso não faz sentido. Por quê a gente existe sendo que, no final, a gente só vai parar de existir para sempre? Por que não podemos existir para sempre? – Ele começava a pensar demais.

-Tuito? – Lukas descia as escadas, procurando por ele.

-Olá, Lukas. O que faz aqui? – Ele virava a cabeça para a escada.

-Você está bem? Quero conversar com você. – Lukas aparecia como uma silhueta preta, escura, sem luz e depois ia se percebendo depois das trevas encobrindo-o.

-Estou bem. Apenas me acalmando um pouco. Fique aqui.

-Certo. Estou indo.

Lukas, então, decide sentar-se na frente de Tuito e começa a falar algumas coisas:

-Então, por que você disse que estava tentando se acalmar? – Ele olhava meio preocupado.

-Meu aniversário está chegando, junto com minha morte também. Será dia 18... você lembra o que Sudds falou, não? – Ele ficava meio cabisbaixo ao responder à pergunta.

Lukas assentiu.

-Lembro...

O silêncio permanecia por alguns instantes. Aquele momento tão rápido e tão... amargo... estava chegando e ninguém... queria que este momento chegasse.

-Qual o sentido da vida para você, amigo?

-Nunca pensei nisso. Não sei responder.

-Acho que o sentido da vida é apenas... não sei explicar.

-Acho que a vida é uma missão, como uma missão de Acumuladores de Ouro. Nós pegamos esta missão, comprando nossas almas, assim com um objetivo: achar o baú enterrado. O baú enterrado é o destino, é o nosso ouro. Quando desenterramos o baú, a alegria e a satisfação permanecem, até nós vendermos. Quando nós vendemos, está tudo acabado. Nosso único objetivo é alcançar a felicidade e depois acabar com ela em um piscar de olhos. Nada faz sentido para mim nesta vida. – Tuito se levantava e saía cabisbaixo.

-Ei, espere! – Lukas se levantava também e puxava o braço de Tuito, deixado, desleixado, para trás.

-Hm? – Ele virava a cabeça para Lukas.

-Quero conversar com você ainda. Por favor, Tuito.

-Certo.

Eles se sentavam e Tuito esperava Lukas começar a falar:

-Eu... eu quero sair da tripulação. – Ele falava de uma vez por todas.

-Não, Lukas. Não saía. Por que você tem vontade de sair dela? Nós somos uma equipe tão forte e firme!

-Ninguém liga para mim direito. O Soled, meu melhor amigo, agora só liga para o Thiago, Larry e Pedro ou Esteban, com suas peripécias inteligentes e divertidas e brincalhonas e amorosas e perigosas. Eu gostava quando tinha mais contato com o Soled...

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