O leque
Na frenética abertura da calda do pavão
delicadas plumas de vento vem e vão
Têm seu conforto no leito de dedos delgados
Em tempos de inverno adormecem velados
Em tempos de verão
Apenas finas donzelas o verão
Como acessório sofisticado
Em um abanado não moderado
A fim de refrescar o pescoço tolamente adornado
O limbo sopra as hipocrisias para longe
Elas viajam para onde o lixo se esconde
encostado pelo vento que também o carregou
No recanto de rosas negligenciadas
Que não podem ter suas dores abanadas