Sorte

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Chaeyoung congela por alguns minutos, de todas as duas vezes em que viu Myoui Mina, estava enfesada demais para ficar nervosa com a presença dela, a terceira vez, é exatamente o contrário.

Assim que Mina se sentou na cadeira e ambas ficaram se encarando, Chaeyoung limpou a garganta e resolveu tentar não parecer uma idiota perto dela. Pelos flertes, era isso que Mina talvez fosse querer. Fazê-la se sentir uma idiota boba pela sua presença.

As pessoas adoram fazer os outros de bobos, ainda mais na área do flerte. 

— Nossa noite? Não era só "mais que cinco minutos?"

— Sim mais que cinco minutos. Não é muito elegante você estar se preocupando com isso Chaeyoung. 

— Desculpa se eu não posso ficar batendo perna até altas horas da noite, e se tenho que ir pra casa sabe, dormir. — Mina riu com o tom usado por Chaeyoung, que a cada minuto olhava pra rua, pra vitrine de salgados do bar, ou pra qualquer ponto que não fosse seu rosto.

A estratégia da Son mal tinha sido adotada e já estava começando a falhar.

— Chaeyoung olhe bem para mim. — A japonesa colocou os cotovelos sobre a mesa e se inclinou um pouco para frente. Chaeyoung resolveu imitar a pose de Mina e se arrependeu no mesmo minuto.

Já era linda de longe, de perto era tão perfeita que parecia até mentira.

Chaeyoung para de ser boba! Só aja como uma pessoa normal!

— Eu não mereço no mínimo uma meia hora sua?

A Mina de antigamente em hipótese nenhuma cercaria tanto alguém, e nem diria essa frase. Mas Mina agora é uma nova pessoa, e Chaeyoung é alguém que merece seus esforços.

Chaeyoung suspira, não poderia agir como se quisesse se jogar nos braços da japonesa mesmo esse sendo o pensamento que mais passava por sua cabeça. Tinha que parecer difícil. 

— Se eu gastar meia hora da minha noite aqui, você vai parar de palhaçada e pagar o conserto do meu carro? 

Mina abriu um sorriso fechado, porém satisfeito.

— Sim Chaeyoung.

[...]

O estado de tristeza e raiva de Im Nayeon já tinha passado. 

Por fora claro, por dentro ela continuaria guardando a angústia de ter sido largada por todos que conhecia. Seu pai, sua mãe desnaturada, e aqueles que se diziam seus amigos. Onde estavam quando ela passou por tudo? Um homem como o pai de Nayeon ter sido preso com certeza era capa de jornal. E mesmo assim, nenhuma mísera ligação.

Pelo menos Tzuyu estava se mostrando uma amiga de verdade, alguém em quem podia confiar.

E enquanto comia salgados de graça na cama da taiwanesa assistindo a uma série qualquer, Nayeon continuava pensando em uma maneira de chegar mais perto de Momo, de um jeito ainda mais íntimo e sutil. 

— A Momo gosta de flores? Será que a história do admirador secreto funciona com ela?

— Acho que sim, ela adora uma coisa estilo romance cafona. — Tzuyu dá de ombros e continua com os olhos na tela do notebook em seu colo. — Acredita que a burra da Sana me pagou pra ajudá-la a conquistar a Momo?

— Eu tô por um fio de meter a mão na cara dessa top model do subúrbio. Mas não faz nenhum sentido, ela conhece a Momo como ninguém.

— Eu também não entendi. Falei umas baboseiras e convenci ela a me pagar, adoro um dinheiro de graça.

Uma Troca de Favores [NaMo]Onde histórias criam vida. Descubra agora