Oi, posso entrar?

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POV GIZELLY

Depois de deixar Rafa em sua casa, eu voltei pra construtora, ainda tinha trabalho pendente por lá. Dirigia pela cidade com a cabeça cheia, o que deu em mim em achar que Rafaella iria querer ouvir minhas explicações depois de todo esse tempo? Desfiz meus pensamentos quando cheguei no prédio. Passei na minha sala e logo em seguida bati na sala de Bia, preciso tirar Rafa da cabeça.

-Oi, posso entrar? – Dei duas batidas e coloquei a cabeça pra dentro da sala dela.

-Oi chefinha, vem cá? – Bia abriu um sorrisão. – E aí, como foi lá?

-Cansativo, mas por fim gostamos da sua indicação. – Me sentei na cadeira à sua frente.

-Ah que ótimo, nossos babys serão colegas de escola. – Sorri com a ideia. – O Theo vai adorar lá.

-Espero que sim. – Estava feliz por ter entrado em acordo com Rafa. –Bom só vim te avisar mesmo, tenho relatórios pra terminar ainda.

-E não vai me dar nenhum beijinho? – Ela se levantou e deu a volta na mesa.

-Esses beijinhos são perigosos. – Brinquei com ela enquanto ela avançava sobre mim mordendo o lábio.

-Eu gosto do perigo. – Neguei com a cabeça e deixei apenas um selinho em seus lábios.

-Aqui não. – Ela me mostrou a língua e roubou mais um selinho.

-Tenho um convite pra você. – Ela foi até a gaveta pegando um envelope. – Sábado meu irmão vai tocar, gostaria de te levar comigo, caso o Theo não esteja com você no sábado.

-Sábado ele fica com a Rafa. – Bia abriu um sorriso largo.

-Então tenho você todinha pra mim? – Dei os ombros em afirmação. – A banda do meu irmão é até boa, mas não quero ficar lá sozinha com a namorada dele, nós duas não somos tão próximas.

-Podemos ir sim, tem muito tempo que não saio. – Flavina iria gostar de me ver saindo. – Preciso me divertir um pouco.

-Te garanto a diversão. –Sua conotação sexual me fez sentir uma fisgada entre as pernas. – Te espero no sábado, chefinha.

Sai da sala de Bianca com uma empolgação diferente, eu preciso pensar mais em mim, segui a vida, assim como Rafaella fez.

O resto da semana passou voando, Ju e eu focamos nos balancetes, aproveitei pra cuidar das licitações feitas pelo Talles, não sei como, mas as que estavam em posse dele, haviam vários erros, e eu queria entender o que estava acontecendo.

-Ju, você tá com aquela licitação da prefeitura do mês de março? – Minha amiga olhou na caixa e puxou um papel. – Que estranho, é a mesma obra com valor e assinaturas diferentes.

-Como assim? – Ela deu a volta ficando ao meu lado.

-Olha só, essa é aquela obra dos viadutos do centro, aqui está assinada pelo meu tio. – Mostrei o papel. – E aqui pelo Talles, a mesma descrição, mesma data, mas o valor aqui é mais alto.

-Não entendo como aconteceu. – Ela tinha as sobrancelhas franzidas.

-Nem eu, precisamos pesquisar mais a fundo, porém tenho certeza que o Talles não vai me ajudar com isso. – Bufei irritada.

-Vamos deixar isso pra segunda? Tô cansada. – Assenti olhando no relógio. – Tá de pé o nosso almoço amanhã?

-Claro, se incomoda se eu chamar a Bia? – Juliette abriu um sorriso e fez sinal positivo com os dedos. –Para de graça e vamos pra casa, quero aproveitar meu bebê antes de devolver ele pra Rafa.

Happier than ever| Girafa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora