Capítulo 17

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UM LUGAR ACOLHEDOR E CONHECIDO

Fazia alguns meses que eu estava sumida do castelo Dimitrescu. Depois da última discussão que tive com a minha namo... Ex namorada, eu sumi daquela parte do vale, ficando em cada canto que eu conseguia me meter. Eu sentia muita falta do V, ele sabia como me consolar e eu me sentia bem com ele, mas ele teve que ir embora depois da luta que tivemos no castelo; e desde então eu nunca mais o vi.

Abracei meu corpo, estava com frio e me xinguei mentalmente por não ter pegado um casaco mais quente para usar embaixo da jaqueta. Muito esperta.

Andei pela vila procurando um canto para ficar e me alimentar. Eu estava morrendo de fome e não achei nenhum lugar que pudesse ter comida, apenas um canto para dormir. Os dias seguintes não diferiram e os seguintes após esses também não. Eu estava em cada canto daquele lugar e lentamente conheci tudo o que havia ali e mais um pouco.

Naquela noite, eu estava andando novamente pelo vale próximo do castelo Dimitrescu quando avistei a carruagem do Duque. Fiquei feliz em saber que ele estaria ali e apressei o passo para ir ao seu encontro. Quando cheguei, as portas da carruagem estavam abertas e Duque estava sentado, provavelmente deveria saber que eu estava por ali e que eu iria encontrá-lo. Por isso que, ao me ver, fui recebida com um sorriso amigável do homem.

— Ora, olá Lilith! — ele cumprimentou, animado.

— Oi Duque. Fico feliz em vê-lo novamente! — eu respondi, retribuindo o sorriso para ele.

— Digo o mesmo, criança. Quer entrar? Está frio aqui fora. — ele ofereceu.

— Eu aceito.

Entrei na carruagem dele e me sentei no canto. Abracei as pernas e apoiei o meu queixo nos joelhos.

— Então, como estão as coisas na residência Dimitrescu? — ele perguntou.

Dei um sorriso fraco a ele e abaixei a cabeça.

— Eu não sei. Eu não estou mais morando lá. — confessei.

— Oh! Mas o que houve? Lady Dimitrescu não aceitou seu relacionamento com a filha?

— Bem, acredito que você já deve ter ouvido falar sobre a briga que tivemos lá dentro meses atrás, né?

— Sim, eu ouvi falar. Mas soube que Dimitrescu aceitou alguma coisa, mas não lembro o que era...

— Sim, ela aceitou o meu relacionamento com a Bela.

— Oh, eu fico feliz por isso ter acontecido! Você a ama. — ele ficou animado com a revelação que fiz.

— Nós... Bela e eu não estamos mais juntas há meses, Duque.

— Oh, eu sinto muito.

— Tudo bem. — olhei em volta. — Duque, você não tem nada para comer? Eu estou com muita fome, não comi nada desde que saí do castelo.

— Tem comida no baú ali no canto. Você pode se servir a vontade.

— Obrigada. — corri em direção ao baú e peguei a primeira coisa que enxerguei. Gemi de satisfação quando dei uma mordida enorme no sanduíche de atum. — Hum, nossa... isso é ótimo!

— Você estava mesmo com fome, hum?

— Você não faz ideia de como. Eu não achei nenhum lugar perto que tivesse comida, só um canto para dormir.

— Eu entendo. A vila não tem muitas coisas desde a mudança de tempo. Eu imaginei que você, depois que fugiu do castelo, estivesse morando com a Sra. Beneviento.

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