[01/01] Paleta de cores;

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©daanwithtwoa
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"— Como assim, "isso não tem mais graça" para você, Jyunhu? Eu acho que não estou entendendo o que quer dizer. — Taehyung indignado indagou, levantando-se agora que o outro já encontrava-se de pé, com uma carranca esnobe para o acinzentado.

Após revirar os olhos e encarar as unhas novamente, Jyun, olhou para o Kim, com uma expressão um tanto desinteressada, em completo desdém. — Olha só, Taehyung, se você realmente acreditou nas coisas que eu dizia o problema não é meu, então agora para de cena, só vim te avisar que estamos terminando, porque você perdeu a graça para mim. — O homem e cabelos negros meio encaracolados disse dando de ombros, mandou um último adeus ao garoto, que se encontrava em lágrimas na própria mesa de jantar."

Essa era a cena que passava todos os dias, repetitivamente, na cabeça de Kim Taehyung quando abria seus olhos ao amanhecer. Mesmo com todo o ódio que sentia ele ainda amava Jyunhu, uma prova disso era que hoje faria dois anos que este estava morto, e novamente o acidentado havia preparado tudo para visitar o túmulo do homem esquecido pela família. Isso porque Hu era uma pessoa amarga e sem coração, muitos diziam que ele mereceu o final que teve, mas Tae não, ele acreditava que tudo o que o jovem Hu havia feito tinha um propósito ou um porquê, o que não era bem verdade.

Todos os dias Taehyung sentia a dor queimar seu peito ao lembrar-se que seu amado não estava mais ao seu lado, isso porque, após a discussão com o mais novo, Hu Jyun se envolveu em um acidente, na qual ficou em coma por semanas e um tempo depois chegou a falecer. O acidentado, que não deixava de pensar no falecido nenhum dia sequer, não saiu do lado de Jyun em nenhum momento, mesmo que o homem tivera o deixado bem antes.
Desde a morte do moreno suas madeixas cinzas nunca havia o representado tanto quanto agora; O frio da sua barriga, que sentia quando via-o tornou-se um vazio avassalador no peito. Diferente da sua mente que não parava de martelar, culpando-o como sempre.

Quando levantou-se caminhou até a cozinha, onde pegara o antidepressivo, que também ajudava_ com a ansiedade. Tomou duas pílulas seguidas, ato não recomendado pelo psiquiatra, mas ansiava demais, mesmo que a solidão fosse embora ao que o efeito do remédio fazia-se presente.
Sentou-se a frente da televisão desligada, enquanto perdia-se em pensamentos, perguntava-se o por quê ainda chorava, do por que de ainda se sentia impotente.
Tudo aquilo ainda devastava-o.

Sentia falta do ex-namorado, mesmo com toda a ignorância ele ainda permanecia com Kim nos dias ruins, ainda consolava-o e permanecia ao seu lado. Seu peito queimava de saudades e seus olhos enchiam-se de lágrimas antes que percebesse.
— Por que me deixou neste mundo sozinho, Jyunnie... — Murmurou desmoronando em lágrimas, soluçava debruçado sobre os joelhos encolhidos em cima do sofá.

Sua vontade de gritar, espernear, era imensa, mas nada disso deixaria seu coração novamente completo, estava doente, sabia disso, mas não tinha forças nem mesmo para pedir ajuda. Vivia chorando pelos cantos daquela casa lembrando de momentos bons, ruins... Pensava que ao menos naquela época tinha-o consigo, mesmo com as traições, chantagens, negligenciação, ainda ela seu amor, Hu Jyun.

Como amava, aquele bastardo.
Sabia bem que o moreno fazia-o mal, mas era perdidamente apaixonado por aquele homem de fios pretos, adorava a sensação que ele deixava no Kim sempre que beijava-o, abraçava-o... Sempre que amavam-se debaixo dos lençóis.
Ansiava muito os toques do mais velho novamente em si, os beijos dele, sua dependência quase o fazia sentir novamente como se o outro estivesse consigo.
Mas tudo não passava de sua abstinência.

Cinzas | VHopeOnde histórias criam vida. Descubra agora