Capítulo 47

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-Surgiu uma emergência, eu vou ter que ir. -Dissera Anahi, com Alfonso seminu sobre ela na cama. Seu celular apitou tantas vezes que ela precisou interromper o que iam iniciar para ver o que era.

-É algo com os meninos?. -Perguntou Alfonso preocupado. Ele saiu de cima dela e ela não pode evitar de morder o lábio para conter a vontade que ela teve de puxar ele de volta.

-Não. É outro tipo de urgência. -Ela dissera e se levantou para recolocar toda peça de roupa que havia tirado e, claro, sob o olhar atento do namorado.

-Tudo bem. Precisa de mim para mais alguma coisa?. -Ele se ofereceu sem tirar os olhos dela.

-Eu tinha que pegar meus filhos na minha irmã de qualquer jeito. Se importa de me levar lá e depois me deixar na Dul?. -Ela perguntou agora prendendo o cabelo em um coque frouxo já que estava parcialmente bagunçado.

-Tudo bem. -Ele se levantou e procurou a calça que estava usando. Anahi não deixou de encarar o volume que somente alguns beijos deixou sob a cueca dele e quando ele notou onde ela olhava, riu. -Tudo bem, ja ja volta ao normal.

Depois de Alfonso pegar o carro, dirigiu com Anahi até a casa da irmã dela, onde ela tinha deixado os filhos. Manu já dormia, então fora Alfonso quem o pegou no colo e o acomodou na cadeirinha do seu próprio filho.

Anahi tinha levado Emi no bebê conforto quando trouxe para a irmã, então fora fácil acomodar ele no carro também.

O trajeto até a casa de Dul fora calmo e rápido, mas Alfonso não perdeu a oportunidade de perguntar sobre o que era, porém Anahi, claro, guardou segredo. Então se sentindo vencido, Alfonso deixou esse assunto para outra hora.

Quando Anahi desceu do carro, deu de cara com Mai, elas se cumprimentaram novamente, Mai cumprimentou Alfonso..

-Eu posso entrar pelo menos para ajudar com os meninos?. -Quis saber ele.

-Não precisa, a Mai me ajuda. -Anahi forçou um sorriso.

-Isso mesmo, já pode ir, Ponchito. -A morena pegou o filho mais novo da amiga enquanto ela pegava o mais velho que ainda dormia.

-Estão me expulsando?. -Ele não precisou se fingir de ofendido porque ele realmente se ofendeu.

-Claro que não, só estamos com pressa. -Mai forçou um sorriso.

-Isso, estamos com pressa. Pode ir para a sua casa, quando chegar me avise, ok? Eu vejo você depois. -Ela se aproximou para um selinho rápido.

-Tudo bem. -Ele franziu a testa mas fizera o que fora sugerido. Se despediu das meninas, entrou no carro e partiu.

-Essa foi por pouco. -Mai suspirou aliviada.

-Nem me fale. Ela te contou alguma coisa?. -Quis saber Anahi que destrancou e abriu a porta.

-Nadinha, só pediu para eu vir. -Respondeu a morena passando pela porta logo depois de Anahi.

-A mesma coisa para mim. Vamos lá em cima ver se ela está lá. -Dissera Annie subindo as escadas. Mai vinha logo atrás.

Quando passou pelo corredor que dava acesso aos quartos, Annie primeiro entrou no quarto que dormia com os filhos e colocou na cama o mais velho, que dormia em seus braços. Ela o acomodou, o cobriu e ia pegando o mais novo do colo da amiga mas ela disse que queria ficar com ele um pouco. Então as duas partiram a procura da ex ruiva.

A encontraram no quarto dela, sentada na cama com as pernas cruzadas como um índio. Os olhos fixos em um ponto do quarto e ela parecia bem pensativa. Usava um conjunto que calça e agasalho de moletom, não usava maquiagem e o cabelo estava preso em um rabo de cavalo.

-Eu fiz o teste. -A voz dela saíra baixa mas as duas amigas puderam ouvir.

-E então?. -Quis saber Mai.

-Eu não sei, os testes estão na pia do banheiro. Fui ver, mas quando cheguei lá não tive coragem de abrir os olhos. -Informou Dul se sentindo uma covarde.

-Tudo bem, eu posso olhar se quiser. -Se ofereceu Annie. -E tudo bem você estar com medo, é normal. Eu fiquei com medo nas minhas duas vezes.

-E como foi para você enfrentar?. -Quis saber Dul.

-Quando descobri foi mais difícil para mim porque eu estava sozinha, estava afastada de vocês e, Manuel, bom, vocês imaginam como o pai dos meninos são. -Annie suspirou.

-Mas você não tem com que se preocupar, estamos bem aqui e não vamos te deixar sozinha independente do resultado. -Informou Mai.

-Mai tem razão. -Annie se aproximou e se sentou na cama com ela. -E vamos te apoiar com qualquer decisão que você tome, não vamos interferir nas suas escolhas e vamos estar aqui para o que precisar.

-Obrigada, meninas. -Dul sorriu fraco antes de respirar fundo. -Tudo bem, acho que estou pronta. Uma de vocês pode ir ver para mim?.

-Eu vejo. -Dissera Mai antes de entregar Emi para a mãe dele e se dirigir ao banheiro.

-Está torcendo para ser positivo ou negativo?. -Perguntou Mai quando voltou, já com os testes em mãos.

-Eu não sei. -Dul fora sincera e olhou para Annie.

-Não fique com medo, se der negativo vai servir para você se cuidar mais para diminuir as chances de uma surpresa. Se der positivo, olha para essa carinha aqui. -Annie mostrou o filho que chupava o dedinho indicador. -Se der positivo, vamos ter mais um bebê, só que com a sua cara.

Dul que estava bastante nervosa, por um momento fantasiou a cena em seus pensamentos e sorriu. Um bebê agora não podia ser tão ruim afinal de contas.

-Preparadas?. -Perguntou Mai pela última vez.

-Estamos?. -Annie perguntou a Dul.

-Estamos. -A ex ruiva respondeu e respirou fundo esperando a notícia.

-Então tudo bem. Temos três resultados positivo. -Mai se aproximou e mostrou os testes.

-Mais um rebeldezinho para a conta. -Dissera Annie. -Como se sente?

Mas antes que pudesse responder, Dulce se levantou e caiu na gargalhada. Ela ria a plenos pulmões, ria de encher os olhos de lágrimas enquanto Annie e Mai se entreolhavam confusas.

-Eu não imaginei essa reação. -Confessou Mai.

-Eu não tô acreditando nisso. -Dulce dissera enquanto ainda ria.

-Está me assustando. -Confessou Annie.

-Meu Deus, eu estou grávida. -Dulce aos poucos ia parando de rir. -Estou grávida. -Ela levou as mãos para a barriga e a alisou ainda que sob a roupa. -Estou grávida!

-Está. -Confirmou Mai. -E está bem com isso?. -Quis saber a morena.

-É, eu estou.... acho que sim. -Ela respondeu por fim antes de piscar os olhos e uma lágrima silenciosa rolar por uma de suas bochechas.

-E quanto ao pai do bebê? Vamos ou não vamos matar e esconder o corpo dele?. -Perguntou Annie brincando, querendo descontrair.

-Vai nos contar quem é?. -Perguntou Mai. -Nos vamos ter que amar ou odiar ele?

As duas estavam dispostas a fazer o que Dul dissesse. Conhecendo ou não o pai dessa nova criança a caminho, as duas tinham uma ligação forte com Dulce, e ela estaria em primeiro lugar para elas acima de qualquer pessoa e principalmente naquele momento.

...

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora