Veneza, Itália Facista 🇮🇹
O início da primavera trouxe inúmeros murmúrio devido a notícia.
Antonella Castro, a filha mais velha da respeitada família di Angelo, abandonará a Itália juntamente com o marido e a filha de três anos.A jovem tinha se casado com um empresário brasileiro a alguns anos.Joaquim Castro, era o nome dele, não deveria ter mais que trinta anos, herdou os negócios do pai após a morte do mesmo, expandiu os negócios para o exterior, onde conheceu sua esposa e passou alguns anos de sua vida de uma forma confortável, mas a guerra não estava nos planos. Assim que perceberam que ela só estava no início e tiveram a chance, pegaram suas coisas e embarcaram em um navio rumo à América, sem que ninguém pudesse impedi-los.
Isso é, para os líderes da época, um perfeito ato de traição.
A família agora estava sobre a tutela do governo brasileiro , o que significava que os líderes italianos não podiam investiga-los,feri-los ou matá-los. Mas o mesmo não acontecia com o restante da família di Angelo. As investigações começaram assim que a notícia de espalhou. Os interrogatório começaram pelos homens da família, o pai de Antonella e o irmão casula, mas não demorou para que elas estendessem-se para as mulheres, cogitaram até interrogar as crianças da família, mas todas eram pequenas demais e mal viam a tia para dar alguma informação útil.
Maria di Angelo, a filha do meio da família, era provavelmente a única que realmente sabia o que acontecerá. Sua irmã conto-lhe tudo na noite anterior a sua embarcação no navio para o estrangeiro.Por mais que fosse terrível ser submetida a todas aquelas investigações , Maria estava feliz por sua irmã ter conseguido fugir daquele lugar. O governo não confiava nela, talvez fosse os anos como atriz, ou até mesmo a frieza que tratou os oficiais, mas ninguém ao menos desconfiou que Maria realmente sabia o que acontecerá, como sua irmã mais velha embarcará ou como saíra da cidade sem que ninguém percebesse.
Naquele fim de tarde de primavera estava em sua residência, na cozinha. Abriu o armário mais alto e pegou uma garrafa de vidro com um líquido amarelo. Abriu a rolha e em seguida pegou um pequeno copo e serviu-se. Sentou novamente na sala de jantar e tomou sua bebida.
–Mamma!- Ouviu seu filho gritar da sala.Levantou-se e seguiu em direção a sala de estar.Ao chegar no cômodo teve a visão de sua filha mais velha, Bianca, sentada no chão lendo o jornal para os irmãos, Stella e Nico. O pai deles estava sentado na poltrona mais próxima observando a cena e soltando um ou outro comentário.
–O que aconteceu, I miei angeli?- Perguntou aproximando-se nas três crianças.
–Bianca está lendo para nós, mamma- Stella respondeu com seu habitual tom doce, mas sério- Quer ouvir?
A mulher sorriu e concordou sentando junto deles. Foram momentos agradáveis, o que ultimamente eram uma raridade. Bianca sempre lia um trecho do jornal dedicado à histórias para os mais novos, desde que aprendera a ler. Aquilo era uma espécie de segredo, até por que uma mulher não precisa ter essa habilidade. Maria discordava, por isso sem que ninguém soubesse ensinou todos os filhos a lerem ainda muito novos.
Fazia algum tempo que os cinco estavam ali quando a campainha tocou.
–Quer que eu atenda?- Hades perguntou.
–Não- Maria sorriu para os filhos e levantou-se e dirigiu-se para o corredor de entrada.
–Pappa pode me levar para buscar cartas no meu quarto?- A filha mais velha perguntou.
–É claro, mio principessa- O homem respondeu e virou-se para as outras duas crianças- Fiquem aqui! Eu já volto.
E levou Bianca para o andar superior.
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Di Angelo | A maldição de Atlas
Fantasi𝑂 𝑚𝑒𝑑𝑜 𝑒́ 𝑢𝑚 𝑏𝑜𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑙ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑒́𝑠𝑠𝑖𝑚𝑜 𝑔𝑢𝑖𝑎 É indiscutível que os irmãos di Angelo já haviam passado por muita coisa. Com a segunda guerra mundial prestes a estourar, fugiram de sua terra natal junto dos pais.P...