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Agora tendo uma nova missão que era tirar o negócio da família do caminho da falência, Tzuyu fez o óbvio. Bom, o óbvio para ela. Ligou para Paula, e pediu para que não viesse trabalhar no dia seguinte. Com a desculpa de que precisava se planejar, principalmente agora sem a presença do avô. O que era uma mentira da mais descarada.
Tzuyu só queria fugir desse dever pelo menos por um dia.
Quando seu celular vibrou ela finalmente abriu os olhos. Pegou o smartphone e viu na tela uma mensagem qualquer de Nayeon. A Chou revirou os olhos, ela já estava enchendo o saco a essa hora da manhã. Ainda era cedo pra levantar, e mesmo no dia em que poderia dormir até tarde, Tzuyu perdeu o sono.
— Que ótimo viu. — Murmurou.
Tzuyu levantou da cama, calçou os chinelos e andou pela casa. Pra variar Taehyung não estava no quarto. Agora esse corno vai aproveitar pra sumir e bater ponto por aí. Pra variar sempre sobra tudo pra idiota aqui.
Ela esquentou uma xícara de café, sentou na mesa e jogou leite por cima. Ia mexendo devagar o açúcar com a colher, até ouvir o barulho alto vindo da padaria. A casa dos Chou ficava nos fundos, logo atrás do estabelecimento. Tudo em um terreno só, apesar da moradia ficar mais "escondida".
Se a Paula não veio quem tá fazendo barulho?
Tzuyu bebeu um gole e decidiu ir até lá. Mas como tinham boas chances de ser um ladrão ou um sem-teto caçando comida, e ainda era muito cedo, pegou o rolo de massa por precaução. Fora que qualquer um com um pé-de-cabra conseguiria entrar na padaria. Aliás até sem. A porta de vidro na lateral também era uma ótima alternativa e o velho Chou não era lá preocupado em casos de arrombamento.
Tzuyu foi sorrateira e viu a porta aberta. Não tinha mais barulho nenhum, porém com certeza tinha alguém lá dentro. Respirou fundo e apertou as mãos no rolo pesado de madeira. A castanha entrou e viu as luzes acesas, olhou bem ao redor e quando sentiu aquela presença do lado dela não hesitou.
Virou e acertou em cheio a cabeça de quem fosse com o rolo.
— AIIIIIIIIIIIIII!
O grito estridente tinha dona: Sana.
— TÁ QUERENDO ME MATAR É?
Se a pancada tivesse sido um pouquinho mais forte a japa com certeza teria apagado na hora. Sana com as mãos na cabeça se sentou em uma das mesas tentando se recuperar do choque.
— Que merda você tá fazendo aqui Minatozaki? A ESSA HORA DA MANHÃ! — Tzuyu berrou.
Ah se a primeira pancada foi sem saber que era Sana, a segunda seria de propósito. Preferia que tivesse sido ladrão, do que ter que ouvir a japonesa reclamando pelos próximos cinco anos.
Sana muito focada em massagear a própria cabeça, continuou calada com cara de dor. Tzuyu só podia mesmo ser muito paranóica ou ser sadista.
Esta bateu com o rolo na mesa encarando ela. E quando a japonesa levantou o rosto igual coitada, Tzuyu teve que segurar seus impulsos raivosos.
— Você acabou de me bater com um rolo de fazer pão, cadê o meu pedido de desculpas? — Uma coisa que Sana tinha era coragem. Eu não diria uma coisa dessas. Não com uma Chou Tzuyu segurando um pedaço de madeira pesado na mão, e aparentemente prestes a arrebentar qualquer um que passasse na sua frente.
— Vou te contar onde está seu pedido de desculpas, depois vou dar um chute na tua bunda e mandar você direto pra lá. — Tzuyu se apoiou com a mão esquerda na cadeira de frente pra Sana. Respirou fundo puxando o restinho de paciência que tinha sobrado. — Por que diabos você tá aqui?
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Uma Troca de Favores [NaMo]
Hayran KurguDepois de falir, Nayeon é obrigada a ir morar em um bairro mais simples. E conhece Momo, sua vizinha feirante dona de um sorriso fofo, que descobre ser herdeira de uma fortuna. Entre idas e vindas e cada vez mais amiga de Momo, Nayeon resolve retorn...