𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟗 • Lado sombrio

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VERONICA se sentia uma princesa

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VERONICA se sentia uma princesa. Ela era a princesa de Averno, mas fazia tempo desde que se sentira daquela forma. Já fazia alguns meses desde que Bloom havia libertado Rosalind quando o plano inicial falhou. A poderosa fada estava no controle de Alfea, e sem nenhum sinal da antiga diretora Dowling.

A mudança era boa — maravilhosa. Rosalind era muita melhor do que a bondosa Farah. Só de pensar em seu nome, Vero não conseguia conter a vontade de revirar os olhos. Suas aulas eram bem mais interessantes dos que a de Dowling. Ela não tratava os alunos como crianças que poderiam se machucar com a menor das faíscas. Rosalind tinha transformado Alfea em como ela era antigamente e deveria ter prevalecido.

O Círculo de Pedras ainda era usado como um dos lugares para aulas ao ar livre. Vero não detestava, mas preferia muito mais uma sala de aula convencional, com livros e mesas, ao invés de pedras e musgo. Entretanto, ela apreciava as aulas de combate de Rosalind. Ela sim sabia ensinar, mostrar aos alunos a verdadeira capacidade deles. Fadas não deveriam proteger a natureza e os animais, e sim estarem prontas para aniquilarem raças com suas magias.

— Puxa saco — sibilou Vero, parando de pé ao lado de Beatrix. — Parece que o trabalho de secretária lhe caiu bem.

— Não sou secretária — resmungou, sem tirar os olhos da prancheta. — Eu simplesmente estou mostrando que posso ser útil.

— Você é útil com seus raios, Beatrix — negou. — Fizemos história. Vai mesmo aceitar que Rosalind te trate assim? Como se fosse uma humana normal?

Beatrix não teve a chance de responder. Rosalind gesticulou para Veronica tomar seu lugar em um dos lados do Vaso. Assim ela o fez, parando na direção contrária de onde sua irmãzinha, Bloom, a encarava. Não era por serem irmãs que realmente tinham o vínculo fraterno. Estavam longe disso. Por mais que Bloom se mostrasse interessada em conhecer Vero melhor, a fada da histeria não tinha interesse.

Bloom ainda tinha um coração muito bondoso. Ele não era corrompido como o de Veronica, dificilmente seria. A fada do fogo ainda tinha muito a descobrir sobre si mesma e sua linhagem sanguínea, e até lá, Veronica se manteria o mais longe possível. Ela não precisava de uma irmã — já tinha Beatrix e Anelise — e tinha seu pai, Valtor, por mais que não o visse há meses. Veronica odiava admitir, mas ela até mesmo tinha Andreas.

— Suas emoções são uma ferramenta — disse Rosalind, chamando a atenção de todos. — Nada mais, nada menos. São fontes de poder.

Rosalind as rodeou. Seria um duelo, então. Bloom parecia nervosa, assustada com a possibilidade de seu fogo machucar alguém. Ela tinha feito progresso nos últimos tempos, afinal ela tinha criado asas, mas ainda estava longe de atingir seu verdadeiro limite. As fadas podiam sentir quando estavam prestes a se esgotar, mas era aí que seu verdadeiro poço de magia começava. Poderia matá-las, ou despertar monstros... Era fácil se perder nessa escolha.

RAIN ℘ 𝐚𝐬 𝐓𝐫𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora