Capítulo 34 - Conversas e ameaças

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Max

Voltamos correndo para minha cela, e assim que a porta se foi fechada novamente eu ouvi o Ryan correr de volta para o seu posto. Não demorou nem cinco minutos para eu ouvir outros passos se aproximando, eles estavam sincronizados, mas era perceptível que um deles estava mais calmo e leve.

Eu estava deitada na cama, completamente relaxada quando a porta se abriu pela terceira vez do dia. Seis defensores completamente armados entraram em fila e formaram um pequeno corredor até mim, corredor cujo major Thompson passou até ficar parado em minha frente.

Não pude evitar um sorriso presunçoso ao ver que o Thompson na verdade era o comandante da prisão, que anteriormente não queria me falar seu nome. Ele deu uma boa olhada em volta de cela, até que parou seu olhar na janela e falou em um tom baixo e calmo.

— Disse que não gosta de ficar em um lugar só, não é? Então por que não vamos dar um passeio?

Levanto a sobrancelha desconfiada de sua fala, mas de todo jeito levantei da cama e pelo canto do olho pude perceber os defensores ajeitarem as armas em suas mãos. Ele se virou para mim e com um sorriso de canto saiu da cela, saio logo em seguida e sem perder tempo os defensores vieram logo atrás. Sem fazerem questão de fechar a porta, começamos a andar na direção cujo eu havia ido anteriormente com o Ryan.

— Você já havia visto esse tipo de defensores antes? — Pergunta se referindo aos que estavam quase grudados em mim.

Antes que eu pudesse responder ele voltou a falar — É claro que não, e tem um bom motivo para isso — Ele deu uma pequena pausa para olhar atentamente cada cela, olhando também percebo que nenhum deles estava fazendo baralho como antes — Eles foram criados recentemente com um único propósito, pode adivinhar qual é?

— Eu tenho uma ideia, mas, por favor, me diga — Não gosto dessa calmaria, mas de todo jeito quero saber o motivo dela já que obviamente tem algo a ver com ele.

— Prender a pessoa que estava destruindo a cidade, matando inocentes e que bateu um recorde infeliz de mortes de defensores, ou seja, prender você! — E não é que eu sabia mesmo?

— Então, quer dizer que eu ajudei a criar uma nova classe de defensores?

— Não propositalmente imagino, mas sim você ajudou a criar a classe E.T.E.I.E.

— É um péssimo nome, posso escolher um novo já que eu ajudei a criar?

— É uma sigla, significa Equipe Tática Especializada em Inimigos do Estado — Responde divertido.

— Ainda é um péssimo nome — Inimigos do estado? Que honra.

Ele não falou mais nada enquanto continuávamos a andar em direção ao posto de vigilância. Ao chegarmos à metade do caminho ele parou para falar com o vigia desse corredor, que não fez questão de me olhar, e o dispensou por agora.

Parecendo que não andaríamos mais, decido me encostar à parede enquanto ele olhava as celas. Sem falar nada ele se encosta ao meu lado, parecendo esperar por algo que eu não tinha ideia do que poderia ser.

Então três defensores apareceram para responder as minhas dúvidas, eles olharam para o major que apenas apontou para a cela em nossa frente, sem perder tempo eles foram abrir a cela e ao entrarem o prisioneiro que se encontrava lá começou a implorar sabe se lá pelo que.

Quando eles o arrastaram pelas pernas enquanto ele tentava lutar, eu já tinha uma ideia do que aconteceria e só podia torcer para ser tão divertido quanto estava parecendo ser antes. Ao olhar pra nós o prisioneiro logo desistiu de lutar, parecendo aceitar seu destino.

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