Acordei lembrando de tudo que tinha acontecido horas atrás e a realidade veio com tudo, estava em um local de pouca visão e percebi que estava sentada em uma cadeira com os pés, mãos, e boca amarradas. Olhando ao redor enxerguei uma mesa velha no canto e uma cadeira a minha frente, tentando me livrar daquelas cordas apertando meus pulsos ouvi a porta atrás de mim ser aberta, fiquei em alerta, passos se aproximando atrás de mim instalou o medo e desespero que sentia.
Duas mãos pousaram em meus ombros apertando levemente, fumaça de cigarro empregnou o local e tossi com dificuldade. A pessoa foi para minha frente revelando quem era, William agora estava sem camisa e apenas de calça jeans com sapatos.
— Sabe Dulce, eu pensei que fosse morrer depois do tiro que peguei aquele dia. — ele baforou o cigarro para o alto e sentou na cadeira bem aproximo a mim. — Mas eu não morri, e agora estamos aqui.
Seu olhar percorreu pelo meu corpo e vi quando ele mordeu o lábio ao ver meu decote, lágrimas cairá imediatamente sabendo onde aquilo iria acabar.
— O tempo te fez bem, está mais gostosa e grávida de um filho meu, pensou que eu não iria ficar sabendo?
Repreendi em pensamentos mil vezes, pelo visto ele não sabia que Laura era filha do Christopher e isso me fez enxergar as vantagens, talvez ele não me machucasse. William se aproximou de mim e arrancou sem delicadeza a fita da minha boca, voltou a sentar e baforar o seu cigarro.
— Onde eu estou? — Foi a primeira coisa que perguntei.
— E te interessa, bonequinha?
— É claro que interessa seu louco psicopata — disse em pensamentos. — porque está fazendo isso comigo?
— Sempre fazendo as mesmas perguntas, não cansa não?
— E você, não cansa de me fazer mal? — disse com um pouco de coragem, essa que se esvaiu com o tapa bruto que recebi no rosto, as lágrimas rolaram imediatamente.
— Sempre me desafiando, não é? — William ficou com o rosto próximo ao meu com um movimento seu. — Eu não vou te deixar ir de novo e nenhum filho da puta vai te tirar dos meus braços, nem você e nem meu filho.
Engoli em seco temendo o pior, porque tudo tinha que estar acontecendo tudo de novo Deus? Ele passou suas mãos em meu ventre acariciando minha barriga, tentei chutar suas pernas mas as mesmas estavam presas na cadeira.
— Não toca em mim seu...— ele segurou minha mandíbula com força.
— Seu o que? — ele me olhava friamente.
— Seu nojento asqueroso, você nunca vai conseguir nada comigo me tratando desse jeito, nunca, você pode me matar e fazer o que quiser comigo, mas nunca vai conseguir o meu amor por você. — disse com dificuldade sentindo as lágrimas caírem como cachoeiras pelas maçãs do meu rosto olhando em seus olhos.
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Sombras do Passado - Livro 2 (PAUSADO)
Fanfiction🚫Continuação do primeiro livro, caso não tenha lido, ele se encontra na plataforma para assim ter o total entendimento e dar início ao segundo livro🚫 "Às vezes, preciso me lembrar da minha força. Preciso porque em alguns momentos ela parece despar...