Os Reinos de Oregon - Livro 1

VIII - O Segundo Alerta

- Essa informação é interessante amigo. Como sabes que a camponesa mora no Castelo? - Se espanta Percefolo querendo saber todos os detalhes.

- Outra dia um de meus conselheiros estava em Zenvar e escutou Tharik comentando com Borozaz sobre a princesa.

- Mas a princesa de zenvar não vive trancada dentro do uma torre no Castelo?

- Isso é o que todos nós pensávamos, Percefolo. Sabe de uma coisa estou desconfiado de que essa garota camponesa sumida, a Rebeca é a princesa de Zenvar. - comenta Lowryn tomando um gole de vinho em seguida.

- Não pode ser, se isso for a verdade Murik e Lyudmila escondem um grande segredo que impediu muitos pretendentes de outros Reinos a tentarem se aproximar dela.

- Percebe Percefolo? Veja meu raciocínio, se esta garota fosse uma simples camponesa mesmo, eles estariam com esta preocupação toda de esperar ela aparecer antes de entrarmos na floresta? Com certeza ela é a princesa. Se for mesmo a máscara caiu, um dia isso aconteceria, não iriam esconder ela para sempre.

- E outra Lowryn, seja quem for a garota, qual a garantia de que ela está viva ainda? Faz mais de quinze dias que ela sumiu nessa floresta.

- Que conversa vocês estão tendo secretamente que precisou fechar a porta e deixar Cerath do lado de fora do salão? - Fala Agnes abrindo a porta e entrando de repente.

- Vou resumir para você minha Rainha. - Fala Lowryn pedindo para que ela feche novamente a porta.

- Suspeitamos que essa demora de entrarmos na floresta, por causa de uma simples camponesa é uma desculpa para não descobrirmos que a tal garota é na verdade a princesa de Zenvar, uma vez que nem o nome da princesa sabemos.

- Minha nossa, será que isso é possível? Se for verdade o vocês planejam?

- Eu vim até Lowryn lhe propor uma aliança para entrarmos na floresta sem a ajuda de Murik, pretendo ir até Milo e também tentar com Faremir.

- Bom a conversa está mais do que explicada, não vamos perder mais tempo, Percefolo fico aguardando sua posição sobre a aliança de Milo e Faremir e se iremos partir. Por hoje acredito que não adianta ficarmos deduzindo os acontecimentos, precisamos reagir o quanto antes. - Se pronuncia Lowryn se despedindo do rei de Argito, tomando o último gole de vinho de sua taça.

Percefolo então se despediu de fato de seu amigo e da rainha de Arkania, abriu a porta e saiu do castelo com Cerath. Ele então falou ao comandante de Argito que a primeira parte do plano estava feito e que Lowryn havia aceitado a aliança, faltava irem até Milo e também uma tentativa de convencer Faremir. Ambos não perderam tempo e partiram para o castelo de Ravika.

Era fim de tarde e não poderiam mais esperar. Oregon corria perigo e o tempo era precioso agora. Na conversa com o rei de Ravika, Percefolo não comentou nada sobre a suspeita da garota ser a princesa, apenas foi direto ao assunto ade alcança para resolver logo. Foi então que durante uma longa e intensa conversa ele conseguiu convencer Milo de partirem.

Restava apenas a conversa com o rei de Galaz, a parte mais difícil, uma vez que Faremir era muito amigo de Murik.

O caminho agora era mais longo e a noite havia chegado. Com ela o frio aumenta e os cavalos trotavam com uma certa dificuldade por conta do forte vento.

Era bem no final da noite quando os dois chegaram no portal de Galaz, o vento até penetrava mais gelado no corpo e os cavalos relinxavam de frio. Foi preciso colocá-los no estábulo junto com os animais de Galaz pata até pudessem ficar mais tranquilos e se proteger do tempo. Caminharam a pé até o castelo sombrio de Galaz. Os guardas já haviam sido informados que o Rei receberia a visita de Percefolo, então assim que se aproximaram o portão foi aberto, e imediatamente as luzes do grande saguão de entrada se acenderam revelando um corredor enorme para ambos os lados da extensão do castelo, com pelo menos umas sete colunas de cada lado, e duas armaduras de guerreiros a frente de cada uma das cinco portas que existiam, para a esquerda e para a direita, e a frente do grande portão uma porta que dava em um outro corredor com pelo menos umas quinze portas de cada lado, eram os aposentos dos membros da corte, estas dessa vez vigiadas por soldados da guarda real de Faremir. Ao fundo do corredor chegaram a porta da sala do trono estava estava aberta, e sentado o Rei os aguardava impaciente.