cap 1.

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- Pare, Robin! Temos que estudar, na verdade, você tem que estudar. Nosso teste é amanhã e você precisa entender como seno, cosseno e tangente funcionam. - Disse Finney, rindo das idiotices de seu melhor amigo.

- Tudo bem, eu vou focar. - Ele disse, rindo também.

Finn conseguiu fazer com que Robin entendesse, pelo menos um pouco. Ele usou algumas das coisas que Robin mais gostava como exemplo para fazer sentido na cabeça do mexicano, o que funcionou.

E então, passaram o resto da tarde se empanturrando de doce e refrigerante, enquanto assistiam à um filme de terror.

Às vezes, só às vezes, Finney direcionava seu olhar para Robin, admirando seus pequenos traços e detalhes, desde os desenhos de sua bandana preta, até seu queixo redondinho, ou seus fios de cabelo perfeitamente lisos, ou a pinta ao lado de sua boca, ou até mesmo, sua boca. Sua carnuda e rosa boca.
Mas só às vezes, claro.

- Gostou do filme? - Robin pergunta, desligando a TV.

- Quê? Quero dizer, sim, gostei, muito bom. - Finney respondeu quase que imediatamente.

Robin riu.

- Ah é? Então, se gostou tanto assim, por quê não me fala o que acontece depois que Regan desce as escadas toda torta, parecendo uma aranha? - Ele fala, erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços.

- Quem é Regan? Não estávamos assistindo o massacre da serra elétrica? - Disse Finn, confuso.

- Finn, eu vou te matar. - E Robin pulou em cima do garoto, que gritou pelo impacto.
O mexicano começou a encher o outro de cócegas, enquanto Finney tentava se desvencilhar dos toques.

- Tá bom, eu juro que eu presto mais atenção no próximo filme. - O garoto riu, conseguindo escapar dos dedos de Robin.

- Acho bom mesmo. - Robin riu, encarando os lábios de Finn descaradamente.
Finney desviou o olhar, envergonhado.

- Bom, acho melhor eu já ir. - Finn disse, se levantando.

- Eu te acompanho. - Robin sorria, seguindo Finn até a porta.

- Te vejo amanhã na escola? - Finney disse.

- Amanhã na escola. - Robin sorria abobado.

- Te odeio, mexicano! - Finney gritava, já longe da porta da casa de Robin.

- Te odeio, chico extraño! - Grita Robin, vendo Finney mostrar o dedo do meio e logo depois sumir de vista.

- Mi chico extraño. - Diz Robin para si mesmo, fechando a porta de sua casa.

E Finney acorda. De novo. Não aguentava mais, terceira vez só essa semana.
Toda noite, ele tinha sonhos dos momentos mais especiais que viveu ao lado do amigo, ele sabia, sabia que isso só estava piorando a situação. Ele queria fazer parar, mas não tinha controle sobre isso.

i was only falling in love; rinney 🎞Onde histórias criam vida. Descubra agora