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Dean

Após sair daquele pesadelo maluco e olhar nos olhos da S/n, eu sabia que não poderia me entregar assim tão fácil. Eu lutaria para não ir para o inferno, eu quero viver e quero ter essa mulher para mim.

Nos amamos no banco de trás da baby e eu sei que agora, jamais esquecerei essa noite. Jamais esquecerei do seu corpo se movendo sobre o meu e da fome insaciável que agora sinto por ela.

Sei que ainda existem muitos mistérios em sua vida, dores que ela guarda para si. Respeito-a e espero que um dia ela possa confiar em mim para contar o que tanto a feriu.

Sam ficou aliviado por saber que mudei de ideia sobre ser salvo. Mas não contei a ele o que me fez mudar de ideia, na verdade, nem para ele e nem para a s/n.

Não falamos sobre o que vimos no sonho. Não tivemos mais um momento a sós depois que deixamos o hotel.

Estamos a caminho do colorado, seguindo uma pista daquela ladrazinha sem vergonha. Paramos em Neligh para abastecer e pegar alguma coisa para comer.

- Você sabe que o Sam já está desconfiando da gente né? - ela diz sorrindo enquanto se aproxima

- Sei sim - sorrio debochado, colocando o combustível no carro - Você não consegue nem disfarçar a vontade que está sentindo de me pegar de jeito de novo. Né não?

Ela da aquela risada sonora que tanto amo e envolve meu pescoço com os seus braços, após se certificar que Sam ainda estava na loja.

- Não seja convencido, Dean Winchester - ela me beija - Mas, talvez, só talvez, esteja certo.

- Eu estou certo! - brinco antes de beijá-la novamente

Nunca irei me cansar de beijá-la, se sentir seu perfume, de tocar seus cabelos, de envolver meus braços em sua cintura e puxá-la ainda mais para mim.

Se as coisas derem errado e meu destino, for mesmo o inferno, a única coisa que peço é que eu jamais esqueça da sensação que é tê-la comigo. Que as lembranças desses momentos me deem força para aguentar o que for preciso.

Após afastar nossos lábios, eu a abraço forte, como se assim, eu pudesse gravar este momento em minha memória, fecho meus olhos e inspiro seu doce aroma. Droga! Eu preciso viver!

Derrepente, sinto o seu corpo tenso e me afasto para olhá-la.

- Tá tudo bem? - pergunto notando que seu olhar está preso em algo atrás de nós. Viro-me para olhar, mas não vejo nada de estranho

- É... eu vou... no banheiro, enquanto termina aí.

Ela se afasta rápido em direção à loja, mas já estou acostumado com os seus rompantes malucos, então volto a minha atenção ao abastecimento da baby.

Dez minutos depois, Sam aparece carregando algumas sacolas.

- Cadê a S/n? - ele pergunta

- Como assim? Ela não entrou na loja?

Já começo a achar estranho, pois o lugar não era grande, impossível Sam não ter visto ela entrando lá dentro

- Não, cara! - ele diz me olhando desconfiado - A S/n não entrou lá em momento algum

- O que essa maluca está aprontando? - resmungo - Vou lá dar uma olhada!

Viro-me e vou em direção a loja, entro e vou até o banheiro só para garantir que realmente ela não estava lá. Bati na porta e chamei por ela, mas sem resposta.

- Onde você se enfiou? - resmungo mais uma vez, saindo na rua enquanto tiro meu celular do bolso para ligar para ela. Escuto, não só os sons dos bips que saia do meu telefone, mas também de uma música conhecida que vinha dos fundos do prédio

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora