Os Reinos de Oregon - Livro 1

IX - Mistério descobertos

Percefolo, Milo e Lowryn, acompanhados por seus comandantes, avançavam tranquilamente pelas ruas silenciosas de Zenvar. A escuridão da noite era interrompida apenas pelas sombras projetadas pelas casas de pedra. As folhas das árvores sopravam suavemente, amplificando o silêncio da cidade adormecida. Ao se aproximarem da casa de Tharik, o grupo se abrigou nas sombras, discretamente se escondendo da visão de possíveis intrusos. As paredes de pedra da residência de Tharik exalavam uma sensação de mistério, destacando-se na brisa noturna. Percefolo ergueu a mão, sinalizando aos seus comandantes e aliados que se mantivessem alerta. Milo e Lowryn trocaram olhares tensos, conscientes da importância de cada passo do silêncio para que pudessem escutar alguma coisa. Os líderes abaixaram em frente à casa de Tharik, ouvidos atentos aos sons que escapavam por suas frestas. O silêncio predominava, mas a cada sussurro distante ou zumbido na escuridão, a tensão aumentava. Velas fracas iluminavam alguns cômodos da casa, sugerindo atividade interna. Enquanto esperavam pacientemente, os comandantes trocavam olhares nervosos, conscientes da delicadeza da situação. O futuro da missão repousava na informação que esperavam adquirir da casa de Tharik, enquanto a cidade de Zenvar permanecia envolta em sua tranquilidade noturna.

Uma voz misteriosa, como uma brisa noturna sussurrante, emergiu do escuro, envolvendo os líderes em um suspense momentâneo. O homem desconhecido, oculto nas sombras, produziu suas palavras com uma cadência espontânea, ecoando através do silêncio da noite.

"O que fazem aqui?", questionou,a voz carregada de um mistério profundo. Cada sílaba emergia na leve brisa da noite, enquanto a escuridão ocultava sua figura.

E o homem misterioso continuou - "Estão esperando Tharik para tentar convencê-lo de ir até a floresta?" falou com uma mistura de desdém e curiosidade, suas palavras soprando como fumaça densa no ar noturno. A pronúncia do nome "Tharik" foi descrita de um significado que deixou um clima de curiosidade e suspense fixado no ar. Seus olhos, ainda não visíveis na brisa da noite, sugeria uma expressão que flutuava entre a desconfiança e a provocação. E tornou a falar em meio ao silêncio. "Se for isso, esqueçam, pois ele só recebe ordens de Murik," acrescentou, enfatizando a lealdade de Tharik a Murik com uma confiança desconcertante. Os líderes, agora encarando a escuridão de onde vinha a voz, sentiam-se momentaneamente desarmados diante do homem que parecia conhecer segredos profundos que estavam além de sua compreensão.

Percefolo, ao reconhecer a voz, virou-se com seu cavalo para encarar a figura na escuridão. Seus olhos, habituados ao silêncio da noite, pousaram sobre o homem misterioso.

"Olhem só, se não é Borozaz," disse Percefolo, uma pitada de surpresa em sua voz, misturada com uma dose de ironia. "Decidiu se aliar a nós?"

A lua lançava uma luz ofuscada, revelando parcialmente o rosto de Borozaz, cuja expressão permanecia oculta aos detalhes. Era como se as sombras o envolvessem, mantendo um véu sobre suas intenções e alianças.
A situação envolvente estava coberta de tensão, pois Percefolo e os outros líderes aguardavam a resposta de Borozaz, curiosos sobre sua presença inesperada e o papel que ele desempenharia nessa tentativa de descobrirem alguma coisa.

Borozaz respondeu com um tom de deboche, sua voz cheia de certeza. "Eu aliar a vocês? Eu e Faremir jamais trairíamos Murik. Sabia que tentariam atravessar por Zenvar pelo fato de Faremir ter me pedido para proteger Galaz."

Seu tom era firme e certeiro, rejeitando qualquer sugestão de aliança e enfatizando sua lealdade a Murik. As palavras de Borozaz enfatizaram como um eco desafiador na noite, enquanto as sombras continuavam a envolvê-lo, mantendo seus verdadeiros sentimentos e verdades ocultas. A complicação da situação se intensificava, deixando Percefolo e os outros líderes refletindo sobre como agir diante desse enigma chamado Borozaz.