—Daa.
Um homen que estava sentado próximo á uma fogueira, vira seu rosto para dar atenção para o bebê ao seu lado. O olhar do homem parecia solitário ao olhar para a criança, ele pegou a criança no colo enquanto terminava de assar a carne em sua fogueira. Ele enrolou a criança em uma espécie de manta feita de couro e começou a balançar gentilmente a criança até que ela dormisse.
O homen após terminar de comer, pôs a criança em uma espécie de bolsa e colocou-a sobre o ombro, em seguida se despede de uma lápide improvisada com gravetos e fibras antes de acender uma tocha e pegar sua lança feita com madeira e pedras antes de seguir pela praia. O som da água doce do rio avançando para o mar, acalmou parte do coração em luto do homem.
Enquanto o sol nascia e espalhava sua luz dourada pelo mundo antes triste e escuro, os olhos do homen perceberam fumaça mais acima no rio.. talvez houvesse mais alguém além dele por perto. Ele ajeitou bolsa, onde a criança estava, em suas costas e seguiu rio acima em direção à fumaça. Enquanto ele andava, percebeu que precisaria atravessar o rio para chegar em seu objetivo. A questão era, como fazer isso com um bebê?
Ele olhou para os lados em busca de uma forma segura de atravessar o rio, mas congelou assim que percebeu uma mulher apontando uma flecha para sua cabeça. Poucos segundos depois de entender a situação, o homen abaixou sua lança e se manteve em silêncio.
—O que está fazendo aqui?
Notando que os olhos dele pareciam sem vida e sem intenção de lutar, abaixou seu arco e encarou por alguns segundos antes de perguntar novamente.
— Seu nome?
— Llakin
—E a bolsa nas costas ?
Tirando a "bolsa" das costas e revelando o bebê para a mulher em sua frente, ele segurou o bebê em seu colo para entregar a ela.
—Ela... não é minha... eu e... minha colega de viagens a encontramos sozinha no meio de uma caravana destruída.. não sei quanto aos pais...
— Entendo... E a sua parceira? Onde está?
—Eu... fui obrigado a enterrá-la à duas horas de caminhada daqui, se continuar andando pela praia eu acredito que possa encontrar ela.
— Oh... Meus pêsames... Você pretende continuar viajando sozinho? Pode ser perigoso... ainda mais com uma criança.
— Eu planejava deixar o bebê em algum vilarejo...
—Entendi... Nesse caso, venha para minha casa, não é muito longe e você vai precisar de alguns suprimentos se quiser viajar sozinho.
Antes mesmo que tivesse chance de concordar, o homem a viu colocar o arco em suas costas e assoviar de maneira orgulhosa. Após isso, esperou alguns segundos até que um leão marsupial alaranjado saiu do meio da mata e parou ao lado dela.
—O que está esperando? suba de uma vez.
Disse enquanto estava montava nas costas do Leão, parecia desconfortável para o homem porém, ele viu que não era bem assim após subir na sela do animal.
—Amarre a criança direito, e se segure com força.
—Quem é você?... domar uma besta dessas...
— Meu nome é Anouke, é tudo que vou te contar por enquanto.
—Entendo...
Após essa breve conversa, eles seguiram em direção à casa de Anouke. O homem, que se chamava Lalkin, estava intrigado com a mulher a sua frente. Sua pele castanha era incomum para os seus olhos, havia cicatrizes de batalha nas costa dela e ela possuía um leão marsupial... que era uma fera letal para a maioria das criaturas da ilha.