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“I know that you love meDarling, you don't have to say itYou know you can trust meIt's okay, it's complicated”

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“I know that you love me
Darling, you don't have to say it
You know you can trust me
It's okay, it's complicated”

~I’m yours (Isabel LaRosa)

10 de Agosto - Sábado por volta do meio dia
— Me ajude com o leite, Nathan. Pode ser? — Helen disse para o neto enquanto preparava o molho branco. Ela e o marido estavam de saída quando Nathan apareceu de repente com Sarah a tiracolo, então o casal teve que desfazer seus planos de almoçar fora e acolher os adolescentes.

— Tá. — Nathan não entendia nada de culinária, mas o mínimo que podia fazer era ajudar.

— Não jogue tudo de uma vez. Coloque aos poucos.

Ele fez o que foi dito. Então observou a avó acrescentar sal e mexer sem parar até o molho branco da lasanha de sardinha encorpar.

— Você agiu certo. Estava tentando proteger a sua mãe e irmã. — a avó falou sem tirar os olhos da panela.

Nathan vincou às sobrancelhas e limpou as mãos sujas de leite na camiseta com o número 29 azul e suja. Tinha se molhado no lago então não achava que precisava de outro banho depois que chegou na casa dos avós.

— A mãe discorda. — argumentou ele.

— A sua mãe não está raciocinando direito — a avó acenou uma colher de pau acima da cabeça do garoto. — Quem já viu deixar aquele homem expulsar você de casa assim!?

Nathan deu de ombros e puxou uma cadeira para sentar. Não se surpreenderia se a mãe colocasse Bárbara para fora qualquer dia. Ela parecia embriagada de paixão, ou melhor, num porre completo.

— Isso está com um cheiro ótimo! — o avô, José, entrou na cozinha esfregando as mãos. — Então a garota que está lá em cima é sua namorada? 

— O nome dela é Sarah — disse Nathan distraidamente — Ela é a irmã do Daniel. Vocês sabem.

Ele poderia contar que ele e Sarah tinham um relacionamento complicado, marcado principalmente pelas atitudes estranhas dela e sua incapacidade de ser sincera sobre sentimentos. Mas daria muito trabalho explicar tudo e ele estava distraído demais com o fato dela parecer ter enlouquecido quando estavam no ônibus.

— Espero que ela goste de lasanha. — gracejou a avó, refogando as sardinhas.

Montar a lasanha não foi tão difícil quanto Nathan imaginou que seria e quarenta minutos depois eles estavam comendo em família. Ele tentou chamar Sarah, mas a garota não respondeu, só continuou deitada no quarto de hóspedes repetindo “estou me afogando”.

— Talvez ela esteja doente. — sugeriu o avô. Tinha penteado o cabelo grisalho sobre a careca como se tentasse escondê-la. Ele parecia muito aqueles avôs de filmes com seu suéter cor de mostarda e as calças de lã. Era meio difícil acreditar que alguém tão esfarrapado como Nathan tinha parentesco com esses dois velhinhos. — A família dela sabe que está aqui? — ele quis saber.

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