But first, rules

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Louis estava acostumado com as partes ricas de Los Angeles. Apesar de morar em um bairro universitário e trabalhar em um empresarial, a vida boa acontecia perto das praias, incluindo a Eros, então ele sempre estava por essas áreas.

De qualquer forma, ele jamais estaria preparado para o prédio de Harry. Ele estaria amando se não tivesse um brutamontes bufando ao seu lado. Era tudo branco, lindo, cheiroso e bem decorado, e eles ainda estavam no lobby.

-Boa noite, senhor García - Harry cumprimentou o homem que parecia ser um chofer ou algo do tipo.

-Quase dia, senhor Styles - respondeu simpático e Louis pôde perceber o sotaque espanhol em sua voz - Na vaga de sempre para sair amanhã cedo?

-Por favor - entregou-lhe as chaves do carro.

-Boa noite senhor...? - o homem perguntou dessa vez para Louis.

-Louis - ele sorriu e ofereceu a mão para cumprimentá-lo - Louis Tomlinson - respondeu como se já estivesse acostumado a ser tratado de forma formal. Ele não estava, apenas em seus mais doces sonhos. Harry controlou um revirar de olhos.

-É um prazer, senhor Tomlinson.

-Quero o melhor dos tratamentos para meu namorado, senhor García - Harry se aproximou e puxou Louis pela cintura, colando seus corpos - O que ele pedir será lei - disse brincalhão, deixando um beijo nos cabelos de Louis, que agora sorria amarelo para o senhor mexicano de olhos espantados, claramente pego de surpresa com a notícia dada pelo patrão.

-Sim, senhor! Avisarei o resto da equipe de funcionários pela manhã.

-Muito obrigado - sorriu cordial - Vamos, lindo - puxou Louis para os elevadores, este que estava tão atordoado que nem conseguiu se despedir do simpático senhor da recepção.

-Que merda foi essa? - perguntou quando as portas se fecharam.

-Eu entrando no personagem - respondeu simplesmente - Se você for surtar quanto a isso, espere até estarmos dentro do apartamento por favor.

-Eu não vou esperar porra nenh... - teve sua fala interrompida quando Harry se aproximou, prensando Louis contra a parede do elevador e apoiando as mãos na lateral de sua cabeça - Você é um psicopata, é isso, descobri seu segredo - sussurrou meio incrédulo, até rindo um pouco.

-Nós não podemos deixar brechas, Louis, ninguém pode desconfiar. Se a polícia bater aqui, a história que García e outros funcionários contarem tem que ser a mesma que nós contamos - o hálito quente com leve cheiro de menta e uísque atingia o rosto de Louis deixando-o meio tonto.

-Você contou - respondeu baixinho, atordoado.

-Detalhes - deu de ombros - Agora entre no personagem se você não quiser ser preso.

-Eu vou te matar quando a gente chegar no seu apartamento - Louis sorriu irônico, enquanto passava os braços ao redor da cintura de Harry.

-Eu odeio isso tanto quanto você.

-Eu odeio muito mais.

-Por favor, não se comporte como uma criança, eu não tenho paciência pra isso.

Louis teve sua resposta interrompida pelas portas abrindo e revelando o apartamento de Harry.

Ele se desprendeu de Harry e, Deus, ele se martirizaria por isso mais tarde, mas foi impossível não dar uma corridinha até a sala para observar melhor o apartamento.

O elevador era a própria porta da casa - agora fazia sentido Harry precisar colocar sua digital no elevador quando eles entraram - e o primeiro cômodo era uma ante-sala com um aparador moderno, uma cadeira e um móvel que provavelmente continha os sapatos de Harry. Depois disso, vinha uma gigantesca escada de madeira em formato caracol que separava a sala da cozinha. A casa toda era no conceito aberto, quase não haviam paredes, deixando todos os ambientes bem conectados. A decoração era moderna e simplista, o pé direito terrivelmente alto e as janelas iam do chão ao teto de ponta a ponta do apartamento.

The Blue Crime • {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora