- Onde a gente vai? - pergunta Jaci, sua voz suave e um pouco hesitante, enquanto é guiada por Guaraci, que segura sua mão com firmeza
- Estamos quase chegando, confia em mim - responde Guaraci com um sorriso, apesar de Jaci não poder vê-lo. Ele finalmente a posiciona em um ponto específico e solta sua mão - Fica aqui -
Guaraci se afasta alguns passos e se dirige até uma grande árvore, majestosa e cercada por um lindo jardim de flores coloridas. Ele sobe em um galho da árvore com agilidade e, em tom descontraído, diz
- Pode tirar a venda -
Jaci tira a venda com cuidado, piscando os olhos enquanto se ajusta à luz suave do lugar. Ela olha ao redor, girando lentamente, admirando a paisagem deslumbrante à sua volta. O jardim está repleto de flores, de todas as formas e cores, criando um cenário quase mágico
- Onde estamos? - pergunta ela, encantada, enquanto caminha até a árvore, observando cada detalhe com fascínio
Guaraci, ainda no galho da árvore, olha para o céu com uma expressão pensativa. — Essa árvore... foi a primeira coisa que eu criei. Sempre que olho para ela, sinto uma paz... como se todo o caos dentro de mim se acalmasse
Uma lágrima escorre pelo rosto de Guaraci, mas ele não se incomoda em escondê-la. O momento é pessoal, mas Jaci, ao perceber, sorri com ternura
- Eu sabia que você era incrível - diz ela, admirando não apenas o jardim, mas também a profundidade emocional de Guaraci - Olha tudo isso que você criou... é impressionante -
Guaraci desce da árvore, caminhando até Jaci. Eles se encontram no meio daquele campo florido, e sem dizer uma palavra, seus olhares se cruzam com uma compreensão mútua. Em seguida, eles se beijam, um momento delicado e cheio de emoção, emoldurado pelo cenário idílico ao redor
O dia lentamente passa, e podemos ver os dois deitados na grama, lado a lado, olhando para o céu enquanto as nuvens passam preguiçosamente por cima. Não há necessidade de palavras agora; apenas a presença um do outro e a tranquilidade daquele momento perfeito
Algum tempo depois...
Algum tempo depois, o céu já estava tingido com tons de laranja e púrpura, anunciando o início da noite
- Já está escurecendo, acho que deveríamos voltar - diz Jaci, levantando-se lentamente do chão, estendendo a mão para Guaraci
- Está sim. Vamos - responde Guaraci, pegando a mão dela e levantando-se. Eles começam a caminhar de volta para a casa de Tupã, o pai de Guaraci
Enquanto caminhavam, imersos em conversas descontraídas, Jaci, com um leve sorriso, faz uma pergunta que quebra o fluxo casual
- E seu pai? Quando você vai contar sobre tudo que aconteceu? - Ela olha para Guaraci, que está à sua frente, com uma expressão curiosa
Guaraci para abruptamente, virando-se para Jaci com uma expressão pensativa - Tudo que aconteceu"? Você está falando sobre eu ter criado você e... nós estarmos juntos? -
- Exatamente. Estou cansada de ter que me esconder toda vez que ele aparece. Não posso continuar vivendo assim - responde Jaci, sua voz cheia de frustração e um tom de determinação
Guaraci, que parecia refletir profundamente, sorri - Eu ia falar com ele agora, assim que chegássemos em casa. Não podemos mais adiar isso -
O caminho de volta continua em silêncio, ambos apreensivos com o que estava por vir. Quando finalmente chegam à casa, encontram Tupã sentado nas escadas da entrada, com o olhar distante. A presença dele é forte, quase opressiva, mas não há expressão alguma em seu rosto
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Crepúsculo dos Deuses: O Último Desafio
AventuraApós mil anos de silêncio, os deuses se reúnem mais uma vez para decidir o destino da humanidade. Cansados dos erros e da destruição causados pelos humanos, eles planejam seu extermínio definitivo. No entanto, Brunilda, a líder das Valquírias, se op...