Capítulo 2 - Colegas de Quarto

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Lisa

Olho para o relógio do carro outra vez. – Droga! Não vou chegar a tempo. ­

– Calma, querida, desse jeito você vai abrir um buraco no carro. ­­­­

– Eu sabia por que minha mãe estava falando isso por que meus pés não paravam quietos, mas ficar nervosa desse jeito não iria adiantar de nada.

Coloco uma musica tranquila para tocar no som do carro e tento relaxar.

Por incrível que pareça chego ao aeroporto bem a tempo do meu voo.

– Vou sentir tanta saudade, mamãe. – Olho para o rosto da minha mãe por um longo tempo, não irei poder visitar ela sempre, não tem como pagar voo para Los Angeles todos finais de semana.

– Oh querida eu também, você sabe disso, mas iremos nos falar toda noite por chamada de vídeo! – Abro um sorriso ao vê-la dizer isso.

O restante da nossa despedida foi padrão, bastante choro e promessas de manter sempre contato sempre fomos nós duas, até tenho outros parentes, mas minha mãe sempre vem em primeiro lugar, sempre. O voo é um pouco longo, fico dando uma olhada nas noticias de Nova York e da universidade, notícias que já venho vendo á meses desde o momento que recebi minha carta de admissão, mas nunca me canso de ver. Não dá para acreditar que eu realmente entrei.

A Universidade de Cornell é uma das melhores do país, sem sombra de dúvidas ganhei na loteria ao conseguir ingressar nela, mas estou longe de conseguir por as mãos no prêmio. Minha formação.

Chego à nova York ao amanhecer, o clima é bem agradável, essa época do ano não faz tanto frio, resolvo tomar café da manhã no aeroporto enquanto mando mensagens para minha mãe e algumas amigas que ficaram em LA.

Olho todo roteiro que pretendo seguir, que vai desde tomar café no aeroporto até o jantar a noite depois de organizar minhas malas no meu dormitório, rapidamente chamo um táxi e informo o endereço da universidade. Estou ansiosa para conhecer meu dormitório.

Assim que o táxi chega e eu olho pela janela fico paralisada, o gramado do campus está lotado de gente de todo tipo, a maioria das pessoas parecem ter muito mais dinheiro que eu, pessoas vestidas com roupas de grifes e até modelos exclusivos. O estacionamento está lotado de carros importados.

–Moça, está tudo bem? – Saio do transe quando o taxista chama minha atenção.

– Sim. Respondo, faço o pagamento e saio do carro.

Eu sabia desde o primeiro momento que me inscrevi para essa universidade o tipo de pessoas que iriam ter por aqui, sabia seria complicado me enturmar por justamente não conseguir frequentar as mesmas baladas, bares ou restaurantes que a maioria deles, mas isso não seria um problema para mim, como sempre eu daria um jeito. Assim que dou um passo para frente uma garota andando totalmente alheia mexendo no celular esbarra em mim.

– Ei! Cuidado onde pisa. - Falou ela em tom super grosseiro.

– Não sei se você sabe, mas não foi sou que estou andando enquanto uso o celular. Respondo com a voz calma. A garota olha para a própria mão e ao ver o celular ela revira os olhos e se afasta.

Pego meu roteiro e olho para onde devo seguir. Inscrição em produção de cinema. As vagas normalmente são concorridas para esse curso, então tenho que me inscrever logo, depois eu guardo minhas malas. Tento Olhar mapa do campus que eu imprimi antes de sair de casa, mas agora parece tudo tão confuso e diferente.

Desconcentro-me totalmente quando um cara chama minha atenção

O rapaz que fala comigo tem a pele branca, porém tem um leve bronzeado do sol, seu cabelo é um pouco comprido com as pontas onduladas e tem um tom castanho claro, ele tem os ombros largos que deixam sua camiseta justa perfeitamente encaixada em seu corpo, seu olho me parece um castanho escuro que combina muito bem com o tom de seu cabelo. Enquanto fala comigo ele passa a mão sem seus cabelos jogando-os para trás e os tirando de seu rosto.

Três Mundos e Outras CoisasOnde histórias criam vida. Descubra agora