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Marquei de encontrar o tal do Samuel no bar daqui 1 hora, E agora parece que a dor em meu peito voltou tão forte, por quê?
"Seja forte Cheryl, isso é pelo Benjamin"
Sussurro sozinha em minha sala, Levo as mãos até os cabelos e fecho meus olhos com força, tentando diminuir a dor.
Então a imagem de Toni sendo tocada por outro me invade, balanço a cabeça tentando me livrar mas só piora, Respiro fundo e afasto as lágrimas me levantando e indo para o hospital.
Chego no hospital caminhando lentamente, até que vejo um enfermeiro correndo, ele para e chama outra enfermeira.
-Chame a Doutora Betty, paciente do quarto 7 estásofrendo um ataque. -E sai correndo.
Quarto 7? É o quarto do Benjamin!! me recordo, corro até ele e vejo meu filho com dificuldades para respirar.
-Benjamin?! -O chamo, e ele me olha com os olhos marejados.
-Ma...Ma... -Ele tenta mas não consegue falar.
-Benjamin! -Olho e Toni está olhando a cena chorando.
-Já usou a bomba? -Betty entra no quarto apressada.
-Sim doutora! -O homem fala.
-Cheryl, Toni vocês precisam sair agora. -Betty fala, mas minhas pernas não obedecem. -Saiam! -Ela diz num tom alterado.
-É meu filho, eu não irei sair de perto dele. - Escuto a voz de Toni ao fundo.
-Tirem elas daqui. -Betty grita.
-Me solta Verônica. -Toni tenta se desvencilhar do braço de Verônica que a todo custo tenta nos colocar pra fora.
-Você precisa sair agora! -Verônica falou firme.
Quando ela entrou? Por que estão todos gritando? Eu não consigo me mexer, eu só fico encarando o meu filho, com um olhar me pedindo socorro.
-Vamos. -Sinto alguém pegando no meu braço, mas não me mexo, não consigo, Então foi puxada para fora da sala.
-Porque me tirou de lá Verônica? -Toni diz chorando e ao mesmo tempo seu desespero dá lugar a ira. -É o meu filho que tá lá dentro, eu preciso entrar.
-Estamos em um corredor de hospital, pelo amor de Deus pare de gritar Toni. -Verônica diz, agora mais calma.
-É meu filho que está lá, meu filho Verônica. -Toni fala nervosa.
-Se acalma, Betty está cuidando dele. -Verônica tenta acalmar a amiga. -Cheryl? -Ela finalmente me olha. -Cheryl? -Me chama de novo.
Eu não consigo responder, a cena ao meu filho sorrendo não sai da minha mente, Sinto o ar me faltando, é uma sensação de perca dentro peito.
-Cheryl fala comigo! -Agora é Toni quem me chama. -Cheryl? -Ela coloca as mãos no meu rosto. -Cher fala comigo. -Ela me força a encara-la e seus olhos estão marejados. -Por favor reaja, nosso filho precisa de você. -Sinto meus olhos marejarem. -Amor por favor!
