Capítulo 12

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"E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido.”
(Caio F. A.)

Rafaella observava a figura cansada e vulnerável da mulher que sempre passou ser tão forte e teve vontade de abraça-la, cuidar dela enquanto dizia que ficaria tudo bem. Ficou presa em pensamentos quando a voz da mulher à frente lhe chamou atenção novamente.

– O que faz aqui?

– Eu vim trazer a Sofia e ver se você estava bem.

– Eu pedi para Bia te avisar que não poderia cuidar dela hoje.

– Eu sei, ela me avisou – disse empurrando a morena para dentro e entrando junto – Viemos passar a tarde com você.

Gizelly não pôde evitar sorrir com a atitude de Rafaella, mas ainda estava preocupada em coloca-las em risco, ainda lembrava o que fizera a Manu, mesmo que sem querer.

– Hoje não está sendo um bom dia para mim, Rafaella. – disse séria – Não serei uma boa companhia para vocês.

– Não se preocupe – disse lhe entregando Sofia – É para isso que estamos aqui, viemos alegrar sua tarde, não é mesmo cerejinha?

– Obrigada, Rafa. – disse sorrindo e a abraçando de lado.

– Anda – respondeu a empurrando de lado – Vá brincar com ela que eu vou preparar nosso almoço.

– Vai cozinhar para mim? – Brincou.

– Para nós. – corrigiu piscando um olho para a morena.

Gizelly se ocupou em brincar com Sofia enquanto Rafaella se dirigia para a cozinha pensando no que iria preparar para o almoço e se espantando com as opções que tinham na geladeira e armário da morena.

– Por Deus, Gizelly – disse gritando – Você só tem leite, suco de laranja e cereal? É só isso que você come? – Agora já estava de volta a sala.

A morena estava envergonhada, mas deu de ombros.

– Ah, é que eu não sei cozinhar.

– Fique aqui com a Soso, eu vou no supermercado e volto logo – a mais alta não esperou resposta da morena, apenas pegou sua bolsa e saiu.

– Sua mãe é bem mandona, não é mesmo cerejinha? – Disse rindo.

Rafaella não demorou mais do que meia hora para voltar do supermercado, abriu a porta sem se importar em tocar a campainha, Gizelly saberia que era ela. Assim que entrou na casa riu com a cena, Gizelly tinha montado um mini playground em sua sala apenas para que Sofia brincasse. As risadas das duas preenchiam todo o ambiente e Rafaella sentiu seu coração ser preenchido por uma sensação boa, uma sensação de lar.

– Você comprou tudo que viu no supermercado, Rafa? – a morena se pronunciou assim que viu a mais nova em pé com várias sacolas nas mãos.

– Precisei comprar o que não tinha na sua geladeira – disse indo em direção a cozinha – Isso quer dizer, que precisei comprar quase tudo.

– E qual vai ser o cardápio?

– Ainda não sei, mas garanto que vai ser bom.

Gizelly riu, voltando sua atenção para a menina enquanto Rafaella se ocupava em fazer o almoço e acabaram nem vendo a hora passar.

– Ela dormiu – Gizelly disse atrás de Rafaella, a assustando.

– Quer me matar do coração? – Disse com a mão no peito, fazendo a morena rir.

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