Inflexão (MadaSaku)

52 - O Último Delírio de Madara

(A.N)

Hello everyone!

Nem eu sabia que postaria hoje, mas se eu não postar esse trecho, não posto mais kkkk

O tema do casal hoje, está mais para ser de Madara, que protagonizou este pequeno momento em frenesi. Way Down We Go de Kaleo

Aviso: Ainda não foi revisada.

Aproveitem!

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Bastou que Sakura pegasse no sono para que Madara inspirasse profundamente e, então, se levantasse carregando-a dali de volta à cabana, de volta para Sasuke.

O caminho que fez com a moça em seus braços parecia ser infinitamente curto. Enquanto desviava com facilidade dos obstáculos, a escuridão em sua mente tornara-se maior do que aquela que os rodeava. O Uchiha diminuiu o passo praticamente ao andar de um civil, tudo para poder tê-la próximo pelo que restava de tempo. Ah, se ele pudesse congelar o tempo e apenas repetir esse momento onde a tem contra seu peito, adormecida, confortável sob sua segurança.

Quisera pudesse, entretanto, não é assim que funciona para os mortais neste mero mundo ninja onde as emoções e a felicidade sucumbem ao ódio e a dor. Agora ele entendia, a plenitude da vida só poderia ser alcançada em um sonho, sob o Tsukuyomi Infinito.

Madara já se lembrava, vagamente, das palavras dela ditas na última vez em que se viram, pouco antes de tornar-se um nukenin. Seu Tsukuyomi não passava de uma ilusão, ela queria algo concreto. Bom, ele daria isso à ela. Sakura tinha Sasuke e através de seu pedido à deusa Yoru, ambos poderiam ser verdadeiramente felizes em uma dimensão real, a dimensão deles. Era mais do que qualquer ser humano poderia pedir e ele estava feliz por poder presentear sua doce flor com a felicidade real, mesmo que às custas de tornar-se um eteno guardião da divindade escura.

O caminho para o Naka nunca pareceu tão curto, já na orla do bosque, após ter decido a encosta, olhou para a cabana pequenina. Lá dentro estava Sasuke, aquele que diziam ser sua encarnação, o verdadeiro pretendente dela, aquele pelo qual a jovem sempre chamou. A sensação de não pertencer, de ser recusado e de perder o que amava, apertou seu peito, sua garganta novamente e, instintivamente, ele apertou-a em seus braços.

Seus olhos queriam derramar, todavia, já tinha seu domínio sobre as emoções. Mesmo em um corpo jovem, aquele espírito ficava cada vez mais velho e, em breve tornar-se-ia nada mais do que um vazio desolado.

Olhando para o rosto juvenil e suave, banhado pelos raios lunares, seu coração se comoveu. Madara aproximou seu rosto do dela e tocou seus lábios em um encontro discreto e cheio de significado, uma despedida de sua eterna namorada.

Sasuke abriu a porta da cabana, pressentindo a chegada do Uchiha estranhamente mais jovem. De longe viu-o segurando Sakura em seus braços, encarou-os. Madara não precisava ler pensamentos para saber que, se ele não começasse a caminhar (como fazia agora) para acomodar Sakura em outro lugar, o outro viria até ali e, do alto de seus ciúmes e instintos territoriais, a tomaria de seus braços.

Obviamente que, em outros tempos, o guerreiro o faria ajoelhar-se e clamar pela própria vida, talvez até arrancasse seus olhos ou a outra mão para que jamais ousasse pensar que poderia tirá-la dele. Mas agora, agora ele a entregaria espontaneamente, contanto que o outro lhe fizesse bem.

Subiu os dois degraus, Sasuke acenou-lhe meneando a cabeça, deixando-o passar. Com ela em seus braços, e sem virar-se, indagou: "Qual o quarto dela?"

O Uchiha de cabelos curtos reprimiu a vontade de dizer 'nós dormíamos juntos', todavia os cantos de seus lábios ainda se ergueram. "O da direita", respondeu, fechando deslizando a porta para evitar que o ambiente frio, em decorrência da corrente do Naka, roubasse mais o calor da residência.