Park Jimin nunca acreditou no destino.
A ideia de já ter a sua vida pré-estabelecida não o agradava muito, e por este motivo, sempre preferiu acreditar que ele era apenas mais uma das criações imaginárias e incompreendidas do ser humano.
No entanto...
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2012
༶
Eu nunca imaginei que caminhar pela praia à noite me traria tanta paz.
Não que eu lembrasse da última experiência que tive fazendo aquilo, pois eu nem mesmo lembrava-me da textura granulada da água razoavelmente cristalina, que naquele momento era tão escura quanto o céu infinitamente pintado de preto.
Mas aquilo não importava naquele momento, pois havia uma coisa que meu pai sempre dizia: Mesmo que façamos as mesmas coisas monotonamente, cada dia que nasce é diferente do anterior.
Então, eu me sentia como se tivesse indo para a praia pela primeira vez. Mas daquela vez, eu estava feliz.
Havia um expresso de confusão alugado em minha mente, pois eu estava confuso pelas ruas estarem vazias. Antes eu imaginava que as noites no litoral eram agitadas, com pessoas bêbadas dançando e cantando, enquanto em algum extremo do tapete de areia ocorria uma confusão relâmpago. Mas o máximo que eu enxergava ali eram alguns idosos sentados em banquinhos, encarando o mar escuro enquanto batiam papo com seus vizinhos.
Jungkook estava ao meu lado, agasalhado da cabeça aos pés. Isso fez com que eu me arrependesse um pouco por ter escolhido ir com uma roupa fresca, apenas bermuda e uma blusa de frio fina, pois quando coloquei os pés para fora do condomínio já percebi que eu iria passar frio pra caralho.
Mas já estávamos longe o suficiente para eu ter a brilhante ideia de voltar para casa e me trocar.
Peço que não me julguem, pois o dia havia sido quente como o inferno! Como eu iria imaginar que a noite estaria fria daquele jeito? Infelizmente não consegui nascer com os dotes dos meteorologistas dos jornais da manhã. O máximo que eu conseguia prever era uma chuva segundos antes de começar.
ㅡ Acho que eles chegam daqui a pouquinho. ㅡ Jungkook falou após um tempinho caminhando, fungando. ㅡ Eles vão nos encontrar lá no cais.
Desviei o olhar da calçada até ele, questionando:
ㅡ Aquele lugar onde ficam os barcos? ㅡ Ele assentiu com a cabeça. ㅡ Ah, não sabia que qualquer um podia entrar lá. Vocês vão sair pra algum lugar depois? Tô morrendo de fome, eu trouxe meu cartão já que você disse que teria comida.
Apesar de eu ter voltado a encarar o asfalto, percebi que Jeon me olhou de imediato, sem tardar um só segundo.
ㅡ Eu já mandei dinheiro para o pessoal, eles vão trazer lanches de um restaurante muito bom que tem perto de onde eles moram.
Certo, eu deveria ter perguntado antes sobre aquilo. Mal cheguei em Busan e já fiz o coitado gastar dinheiro para comprar comida para mim, pensei.
