Capítulo Único

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Era mais uma quinta feira chata, é verão e Andria está enfurnada em casa com a cara enfiada nos livros. Estudante de engenharia nuclear, um gênio da matemática e agora entediada com os rascunhos de cálculos jogados a mesa. Havia perdido as horas na biblioteca, revirando livros de engenharia para dar fim em um trabalho da faculdade.

Já cansada de quebrar a cabeça e usar as fórmulas, o último problema foi resolvido e o livro então foi fechado.

-- Ahh finalmente. - Se espreguiçou na cadeira estalando a coluna.

Esfregou os olhos por baixo dos óculos para amenizar a ardência, organizou a mesa e separou os rascunhos para passar a limpo depois, não havia pressa, o trabalho já estava quase concluído.

Saiu pelos corredores enormes da mansão, admirando o silêncio que a casa se encontrava, desceu os degraus um por um e na metade da escada parou sentindo um cheiro gostoso que vinha da cozinha. Desceu o resto da escada e correu para ver o que a governanta preparava.

Andria se esconde entre as portas duplas da entrada e observa Alcina de frente ao fogão, ela usava uma colher de madeira para mexer seja lá o que tivesse na panela enquanto cantarolava uma canção em português.

-- Ou me queres ou me deixas... Não dá mais pra conviver lalalala lalaa. - Para de cantar para provar os temperos. - Hmm delicioso.

Deliciosa é você. - Pensou a garota.

Senhorita Alcina, como muitos lhe chamavam na casa, era uma mulher alta, de postura firme, encorpada e cheia de curvas, uma verdadeira milf como Andria costumava pensar. Ela servia a família a alguns anos e conhecia os gostos de todos inclusive os da jovem de 19 anos.

A loirinha observava atentamente os movimentos da coroa, toda delicada mexendo a colher, os olhos destacados com a maquiagem escura que lhe dava um ar misterioso. Um vestido leve lhe cobria, apertado no tronco e soltinho nas pernas indo até as canelas e nos pés um salto leve apenas para não deixar o costume de usar salto.

Sem querer, mas para atiçar ainda mais os desejos libidinosos da moça, havia um avental agarrado aquela delicia de corpo.

Seria pedir demais nada além do avental, das meias longas e o salto? - Pensou a baixinha.

Com os pensamentos fazendo seu corpo ferver e seu sangue indo para partes extremas, então se aproxima sorrateiramente aproveitando a distração da mais velha, ela a agarra seu braço:

-- Meu Deus menina que susto...

-- Oi Alci. - Era como costumava chamar.

-- O que você quer agora?

-- Venha... - Convida a puxando. - Solte a panela.

-- Não não ainn... - Reclama manhosa já sabendo do que se trata.

-- Sim sim... - Continua puxando até a entrada da dispensa. - Tenho certeza que sua comida está deliciosa, como tudo que você faz.

-- Mas o que...

-- Não tem problema se cozinhar depois né... - Se estiga para desligar o fogão.

-- Não, você não está fazendo isso, menina. - Alcina já um tanto indignada com a audácia.

-- Venha, preciso que me ajude com um probleminha. - Aponta para as calças que estavam com um certo volume.

-- Mas que probleminha?... Minha nossa como foi isso?... - Aponta para as pernas de Andria com a colher. - Isso cresce do nada? - Protesta sendo empurrada.

-- Do nada nada... isso é culpa sua. - Acusa trancando a porta da dispensa.

-- Minha culpa? - Indignada gesticula com a colher. - O que você está fazendo?

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