Capítulo 24

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O reencotro

-Por que não podemos simplesmente atravessar? - perguntou Ayla, com os cabelos ruivos sobrando pelo vento frio daquele lugar, enquanto se esgueirava pela terra molhada.

O lugar era frio, uma montanha cercada pelo mar, não havia nada além de pedras e grama molhada. Para chegar lá tiveram que voar até a encosta musguenta das ilhas Oeste do solo noturno. E quando chegaram não sentiram nenhum lampejo de vida naquele lugar.

A água que conectava aquele lugar a outras ilhas era escura, tomada por um cheiro podre, a própria terra pareceu ter abandonado aquele lugar. Haviam marcas no solo, Alexander podia ver, era como se algo tivesse existido ali e se retirado a muito tempo.

Como se a terra esperasse seu retorno.

Os gêmeos sentiam algo ali. Angido e cruel. Um poder subjulgado que não prestava lealdade a ninguém. Mas em seus ossos eles sentiram, um poder adormecido vibrar sobre eles. Não disseram nada, mas a troca de olhares foi o suficiente.

-Existem muitos encantamentos nesse lugar,eles impedem que qualquer um, mesmo os Grão-Senhores, de atravessar ou voar para a entrada. – explicava Lucien enquanto olhava adiante das montanhas.- Assim, qualquer pessoa idiota  que deseje visitar a Prisão precisa caminhar até a montanha para entrar nela.

A cima deles um castelo com paredes de penhascos brancos feiros de ossos se erguia no o alto da montanha. Não havia nenhum mármore imperial como em Alicante, nenhuma de calcário como em Velaris.

A iluminação era péssima naquele lugar, apenas algumas luzes tremeluziam nas janelas do que admitiram serem as celas.

- Vocês se lembram das regras? – perguntou Lucien quando se aproximaram dos portões da prisão.

-Sim!- concordaram os gemêos.

-Ótimo.- suspirou quando criaturas da noite abriram os portões.- Que a mãe esteja conosco.

E para baixo do próprio inferno eles seguiram.

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No alto da da montanha havia uma única cela, diferente de todas as outras, essa não tinha defesas mágicas comuns. A cela tinha uma porta dourda com uma janelinha pequena no meio dela, foi através desse quadrado que uma luz forte e uma música suave atraiu a atenção gemêos.

-Tudo bem.- Lucien parou a alguns metros do corredor agarrando os filhos pelos ombros impedindo que dessem quer passo. – Ouçam, quando entrarem lá sejam objetivos, não falem nada até que eu diga.

-Por que isso tudo?

-Não é hora para questionamentos Aly. Apenas, sejam objetivos em suas perguntas e nunca, em hipótese alguma façam qualquer tipo de barganha com ela.

-Ela quem?- questonou Alec.

O rei não precisou responder com palavras a pergunta do filho, bastou que a música parasse e uma voz, uma que Lucien jurou não querer ouvr nunca mais, para que Alec tivesse sua resposta.

A Corça sorriu do lado de dentro da céla quando disse:

-Olá Lucien.

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-Como vai Elain?

Corte da IrmandadeOnde histórias criam vida. Descubra agora