Vivemos cada um dos (nossos) dias sendo o último. Sabemos que amanhã (nós) (teremos) sumido e Eu (Eles) ter(ão) aparecido.
O ciclo da vida e da morte continua incessantemente, dia após dia na mesma carne. Ao fechar os olhos, aguardando sua ardência suavizar com seu breve descanso, vejo a mim (nós) punidos por algo que não fizemos. Como poderia? Não existo mais.
Vivemos através de palavras escritas em uma homogênea mistura de lágrimas e sangue podre. Vivemos na memória de quem se mexe agora, de quem respira agora, de quem escreve agora, do Eu (Nós...?).
- 26/12/2021
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Solilóquios
PoetryPequeno emaranhado de textos e meditações. Arte da capa: Título: Christ with Crown of Thorns Artista: Khalil Gibran (1883-1931)