Briga

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O sol brilhava radiante naquele dia. As aulas pareceram passar ainda mais devagar do que de costume, e a ausência de Keisuke e de Chifuyu estava me deixando perturbada.
Eu caminhava lentamente, era um caminho que não costumava fazer, afinal estava indo para a escola onde Mitsuya estudava. Embora não fizesse parte do trajeto, passei sob um viaduto, onde sabia que havia uma gata com vários filhotes. Sempre que podia, eu passava lá para alimenta-la, para que ela pudesse amamentar seus filhotes.

No entanto, ao chegar lá não encontrei nada. Sequer um vestígio de que um dia houve um animal ali. Me ocorreu que a gata poderia ter saído, então me sentei ali e decidi esperar um pouco. E tão pouco tempo depois, uma voz familiar chamou a minha atenção.

- Está procurando por isso? - Uma grande caixa foi brutalmente atirada na minha frente, me assustando. Ergui os olhos até ver a pessoa que estava ali, e para a minha infelicidade era Choji. De novo. E desta vez ele estava acompanhado por no mínimo dez caras, todos vestiam a jaqueta da Walhalla.

Senti calafrios percorrerem o meu corpo enquanto eu lentamente me virei para a caixa. Sabia bem o que havia ali dentro, e definitivamente não queria ter aquela visão.

Me levantei sentindo algo terrível. Eu já sabia o quão sem caráter ele era, mas não imaginava que seria cruel a ponto de matar gatinhos inocentes. E pensar nisso me encheu de ódio. No entanto, fui surpreendida quando alguém me agarrou por trás, me imobilizando.

Choji se aproximou lentamente, tinha um dos braços enfaixado pelo golpe que levou no nosso último encontro. Ele não parecia armado, mas não seria prudente arriscar um ataque.

- Por Deus, quando é que você vai me deixar em paz? - Eu ainda me debatia tentando me soltar dos braços do garoto que me segurava.

- Te deixar em paz? Você fodeu a minha vida. Agora irei fazer o mesmo com você.

-...!

No mesmo momento parei de me debater. Apesar de tudo, Choji era imprevisível e isso me preocupava. O loiro deu um passo para trás, em seguida tomou impulso e socou meu rosto com toda a força que tinha no braço. O golpe foi tão forte que me deixou tonta. Levantei a cabeça lentamente para olhá-lo, eu podia sentir o sangue quente escorrer do meu nariz. Não doída tanto, embora ardesse muito e meus olhos lacrimejavam.

- O que foi? Não aguenta um soquinho? Você não é a garota fodona da Toman?- Choji zombou, acompanhado da risada de seus amigos.

- Claro... Mas eu não me lembrava que você era tão fraco. Até a minha priminha de 6 anos é mais forte que você. - Eu sabia que estava condenando a mim mesma, mas não aceitaria apanhar sem ao menos ferir o ego dele. E por sinal, funcionou; a expressão de Choji mudou completamente ao ouvir minhas palavras.

Desferiu mais dois socos, um no rosto e o outro na altura do estômago. Foram fortes o suficiente para acabar com toda a força que eu tinha. Choji estava se preparando para continuar com os golpes, quando uma voz surgiu detrás de nós.

- Uma briga um pouco injusta, não acham?- Todos nós nos viramos para descobrir que era Ran. Ele estava parado atrás do garoto que me segurava, tinha um longo bastão de ferro em uma das mãos. Assim que viu meu estado, seus olhos se arregalaram e sua expressão se tornou sombria. - Não acredito que vocês são estúpidos a ponto de tocar na namorada de um Haitani.

- Namorada?! - Repetiram incrédulos.

- Seu idiota, tá esperando o que pra soltar ela?- Ran parecia irritado. Ele ergueu o bastão e golpeou a cabeça do garoto. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes até ele cair desacordado, no momento em que ele me soltou eu caí também. Os demais presentes começaram a recuar lentamente, e isso incluía Choji também.

Send Me Orchids - Ran Haitani Onde histórias criam vida. Descubra agora