Por que o Alpha?

Esclarecimentos

Savannah lança-me um olhar mortal antes de retornar a sua pele fria de humana.

Três dos soldados correm para chegar a ruiva jogada ao chão.

Eles vão prendê-la? Me pego pensando.

Mas ao contrário de tudo que eu poderia pensar, os soldados apenas colocam delicadamente um manto com uma logo famosa bordado sobre seus ombros para cobri-la enquanto a escoltam para fora do local e longe da multidão que se amontoa no local.

Mas de queixo erguido e postura quase intacta, sai do salão como uma rainha escoltada por seus guardas pessoais

Já os dois últimos soldados. Um homem alto de uns trinta e poucos anos, e uma mulher de expressão séria. Seguram firmemente as armas ao se aproximarem de mim.

Sinto-me quase lisonjeada por pegarem suas armas em relação a mim, tipo eu os assusto? Isso é legal. Mais o menos...

O homem se lança para agarrar meu braço.

Então é assim?

Eu que apenas me defendi serei presa, enquanto quem me atacou e quase estraçalhou minha perna, sairá em puni?

Que tipo de mundo injusto eu vim parar?!

Quero tentar me levantar, mas reconheço não ter forças para isso, então me contenho e remexer o máximo meu braço para me soltar.

Estou fraca demais para ser eficiente em me soltar, não consegui fazer nada para soltar meu braço.

Para minha sorte não é necessário.

-Oficiais, o que significa isso?--- Uma voz alta e revoltada, mas composta o suficiente para não ser um grito questiona.

Quando a oficial vira-se para encarar a voz, consigo ver Nina de braços cruzados e uma postura inalcançável.

Os seguranças se encolhem diante de Nina.

-S-Senhorita Higher, com todo respeito, peço que intenda, que só estamos tentando comprimir nosso trabalho.

-Que seria?---Pergunta ainda mais brava.

-Prender a agressora, senhora.---O homem fala sem a coragem de olhá-la nos olhos.

-Bom, oficiais, posso garantir-lhes que a minha amiga não é agressora alguma.

-Mas, senhora...

-É claro, perdoe-nos pelo mal-entendido--- a mulher interrompe o colega.

Os dois se afastam.

-Você esta bem?---Ela me Pergunta.

-Obrigada Nina.

-Pelo que? Eu só falei a verdade. Você é minha amiga e não é a agressora aqui.

Sorrio com suas palavras, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, alguém se joga me dando um abraço apertando no chão.

-AIAIAIAIA.

-Michelle! Mais cuidado---Nina repreende.

-Descupa Scarlett, eu fiquei tão preocupada quanto aquela vaca laranja atacou você.

Rio com a situação.

-Tudo bem, Michelle, mas o que aconteceu com as suas mãos?

Suas mãos, antes impecáveis, agora se emaculavam com sangue escorrendo delas.

-Não se preocupe, não é meu.

-Bom, vamos te levar para a farmácia.---Nina encerra a conversa vindo me ajudar a levantar.