Guilhermina, uma típica jovem de classe alta, no auge da sua beleza, acorda numa noite chuvosa, sem as suas lembranças, sem sequer saber algo sobre si mesma, e com um lindo homem loiro que se diz seu marido. Sendo guiada pela intuição, ela decide co...
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Capítulo 8 - Parte 1
— Uau! Então essa era a empresa dos meus pais? É enorme e incrível! — Exclamo bastante animada, andando pelo saguão da empresa de mãos dadas com Jason, que está vestido perfeitamente formal e já com uma expressão séria.
Mas eu consigo sentir o seu sorriso enquanto me observa!
— Sim, e você se surpreenderia se visse o meu escritório.
Lanco-lhe um sorriso, ansiosa para visitar o seu lugar de trabalho.
A verdade é que esse prédio por si só é magnífico. Não é um prédio simples e pequeno, ele é extremamente tecnológico dos pés à cabeça. Sem falar na sua imensidão e na decoração de milhões. Não quero nem imaginar quantos milhões gastaram para levantar esse prédio. Eu digo isso apenas pelo saguão, que tem um robô segurança e um leitor de crachá que mais parece a batente de uma porta, para permitir a entrada dos funcionários e controlar quem entra e quem sai.
— Aliás... após a morte dos meus pais, quem assumiu a presidência? Quer dizer, se eu era filha única e você o meu marido, nada mais justo que você me representasse, já que isso definitivamente não é o meu mundo. — Comento, olhando para Jason que ergue uma sobrancelha, me encarando com seriedade.
— Você vendeu as suas ações. — É a minha vez de erguer uma sobrancelha, só que dessa vez de surpresa. — Como você mesma disse, você não se encaixava nesse mundo. Você também estava mal pela morte dos seus pais, ter que cuidar de uma empresa era a última coisa que você queria se preocupar. E eu, bem... na época eu também não quis assumir isso. Então o representante do seu pai, e aquele cujo comprou parte das ações, assumiu a presidência.
Entramos num elevador, ainda comigo em silêncio, absorvendo isso.
Me pergunto quem é o novo presidente! Mas se eu pensar de uma forma positiva...
— Se eu vendi as ações de uma empresa como essa, a minha conta deve estar bem recheada.
Como se tivesse sido pego de surpresa, Jason ri, me encarando com seu cenho franzido.
— Mina, se tem uma coisa que uma mulher como você não precisa se preocupar, é com dinheiro. Vai por mim, mesmo que não tivesse vendido as ações, a sua conta estaria entupida de dinheiro. Você é... muito mais rica do que eu um dia vou conseguir ser.
— Isso não é verdade! Você é cheio de grana! Você sabe como eu fiquei quando saí daquele hospital e me deparei com a nossa casa? Minha nossa, eu nem podia acreditar que éramos tão ricos.
— Aquela casa... — Ele parece pensativo, com um sorriso nos lábios enquanto eu o observo. — ... depois do orfanato, eu morei por muitos anos em um apartamento sozinho. Eu podia ter ido morar com... meu tutor, mas... eu já estava acostumado a ficar sozinho, então eu não me acostumei a morar numa casa com diversas pessoas. E só para você saber, eu tive que pedir um empréstimo para o meu tutor para conseguir pagar por aquela casa. Você vivia como uma princesa, numa casa que mais se parecia com um castelo, então... eu só queria que você vivesse num lugar a sua altura.
