Capítulo 100

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Meu pai estava animado, hoje iríamos jogar boliche juntos. Claro, que foi depois de muita insistência minha que ele quis ir, a verdade é que ele estava super cansado e mesmo assim topou ir por mim e agora, estava só felicidade, não é um amor ? Eu estava sentada no banco do passageiro, ouvindo uma de suas histórias antigas.

" sua mãe então derrubou o bolo em cima de mim " ele faz uma leve careta

Arregalo os olhos " o que ? Esta brincando comigo pai, ela derrubou um bolo inteiro ? "

" inteiro filha "

" mas, sem querer ou de propósito ? " eu pergunto

Ele ri " sem querer, ela não tinha me visto, a verdade é que quando eu limpei o rosto e vi aqueles lindos olhos dela, me apaixonei na hora "

Começo a ri" a dona Blanca vai ouvir muito "

" por que diz isso ? " ele pergunta confuso

" por que ? Sério pai ? Toda a vida ela brigou comigo por ser desastrada, e quebrar as coisas dela, agora eu tenho um trunfo, vou jogar na cara dela que puxei a ela nesse quesito "

" pelo o amor de deus Dulce, deixe sua mãe quieta, você sabe o quanto ela brava quando quer " ele diz revirando os olhos

" é só ela não implicar com minhas rasteiras " argumento

" você sabe que ela vai reclamar de todo jeito, essa é a Blanca, é isso que ela mais gosta de fazer, reclamar " ele resmunga " estou surpreendido por Luís ter embarcado nessa, esse sim, é um homem de coragem "

Reviro os olhos " papai o senhor passou metade da sua vida casado com ela " rebato

Ele faz uma caretinha engraçada " é por isso que digo que ele é um homem de coragem " ele ri, e eu acabo rindo também

" e o senhor ? "

Ele me olha rapidamente e depois volta a olhar a estrada " eu o que filha ? "

" não tem nenhuma mulher com coragem o suficiente pra estar com o senhor ? " pergunto, finalmente eu tive coragem pra perguntar o que eu queria desde que cheguei aqui

" sabe o que é filha, por hora eu prefiro estar sozinho, quando tiver que ser, será " ele responde dando um meio sorriso

Sorrio " esta certo pai, eu só quero que o senhor seja feliz assim como a minha mãe esta sendo"

" eu já sou querida " ele diz

Respiro fundo me recostando no couro do banco, meu celular toca e eu o pego no bolso da calça " alo ? "

" oi meu amor " Christopher diz animado

" oi amor, esta tudo bem ? " pergunto olhando a vista que passava na janela do carro

" sim, tudo bem, estava olhando a grade de matérias, e estou super feliz com o que vi, sério, é tudo do jeito que pensei " ele diz entusiasmado

Riu " que bom amor, estou muito feliz por você "

" obrigado pundizinho, então, o que esta fazendo ? "

Olho de rabo de olho pro meu pai que prestava atenção no trânsito " estou indo pro shopping com meu pai, iremos jogar boliche "

" ah, espero que se divirtam amor, eu estou morrendo de saudades " ele diz de um modo meigo, sinto meu coração acelerar

Suspiro fechando os olhos " também estou com saudades bebê "

" eu estava cantando a nossa música, toda vez que eu penso em você canto ela " ele sussurra

Mordo os lábios " canta pra mim ? " peço, ouço um barulho " bebê ? " o chamo

" Si alguna vez Piensas en mi Tal vez cuando me ves Te haces feliz Quizás entre los dos Aún hay algo de amor " ele cantarola, e eu dou um sorriso " Si alguna vez Piensas en mi Quizás tal vez Cuando me vesTe haces feliz Quizás entre los dos Aún hay algo de amor "

Fecho os olhos e me deixo levar pela sua voz de anjo, não sei direito o que aconteceu mas, por um pequeno momento eu me vi ali, na janela do meu quarto o espiando enquanto ele cantava sua música, depois pude me vê o observando desconfiada na hora do intervalo, ele ria e conversava com seus amigos, logo em seguida vi nosso primeiro beijo e toda a emoção que senti naquele dia veio com tudo como um vendaval. O vi sorri pra mim, o vi me abraçar apertado, ouvi sua voz de anjo dizer que me amava, e então ouvi a voz do meu pai gritar meu nome.

Abri os olhos e o olhei assustada, a expressão em seu rosto era de puro terror, ele olhava pra janela que eu estava, virei meu rosto e arregalei os olhos, um caminhão vinha em alta velocidade em nossa direção, estava desgovernado mas, naquele milésimo segundo pareceu que tudo ficou em câmera lenta. Fechei os olhos e abaixei a cabeça, o desespero tomou conta de mim e eu rezei, rezei por que senti que iria morrer naquele momento. Meu celular caiu da minha mão e apagou, as lágrimas tomaram conta do meu rosto, minha respiração se acelerou e a mão do meu pai puxando meu braço, foi o última coisa que senti antes do caminhão ter impacto com o nosso carro.

ultimo capítulo pessoal infelizmente a primeira temporada acabou mais não se preocupem logo logo vou começar a segunda temporada.

peco a vcs que votem comentem

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Adolescente em crise - Vondy | Tema: VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora