Não a nada que possa fazer, quando duas almas estão destinadas a ficarem juntas.
Esse é o caso do Vitor Hugo e Mariana, o destino uniu os de uma forma "estranha", porém isso não modificou o sentimento que um tem pelo outro.
━━ Terça de Tarde, ela...
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Decepção.
É algo muito ruim, ainda mais sentir pela pessoa que você mais conviveu sua vida inteira...
Analiso bem minha mala, não vou sair do meu quarto por causa dele. Ele que se foda.
Além de tudo, ele praticamente me bateu, o ódio que eu tô.
── Você fez um drama atoa. ── sussurro pra mim mesma.
Volto a arrumar tudo, com calma pra não ter um piripaque de novo.
Infelizmente eu sinto falta dele, a gente é um grude... é difícil se afastar de uma pessoa assim. De uma hora para outra.
Saio do quarto após arruma tudo, vejo Vitor Hugo deitado no sofá e me deu um pouquinho de dó.
Caminho até a cozinha e preparo meu pão com patê.
Mastigo lentamente e tomo meu café em pequenos goles. Vitor está dormindo, ele não apareceu o dia inteiro...
── Canseira da porra. ── minha vó fala entrando em casa ── Que aconteceu? ── aponta para o homem desacordado a sua frente.
── Sei lá. ── dou de ombros.
── Vai tomar café não? ── minha vó bate na cara dele o assustando.
Tive que rir, escondo o rosto sobre os braços ainda rindo. Levantei o rosto já sentindo as lágrimas molharem meu rosto. Vitor me encarava e apenas seco as pequenas lágrimas.
Meu celular vibra e vejo que era uma mensagem do Caio, sorri animadamente e já entrei no whatsapp lendo bem a mensagem.
Caio Puta 🤍: sai desse cafofo e vem pra pracinha as 15
Olho pro celular vendo que são meio dia... coisa boa.
Passei tempo demais arrumando novamente minhas coisas no guarda roupa.
── Vó, vou sair hoje. ── aviso.
── Pra onde? ── me pergunta e sinto o olhar matador de Vitor em mim.
Caminhei lentamente a senhora e falo o endereço. Mas falei outro porque eu tenho certeza que Vitor vai insistir pra bichinha falar.
── Ta bom, só se cuida.
── Tá bom vózinha, te amo. ── beijo a testa dela e subi correndo pro meu quarto.
Fui pro banheiro e tomei um banho pra ficar bem cheirosa. Lavei com cuidado o meu machucado do braço, tive que lavar a cabeça por causa de outro machucado.
Filho da puta esse Cabelinho !
Saio do banheiro enrolada no roupão e vejo Vitor Hugo sentado na sua cama, dei de ombros fui até minha parte do guarda roupa pegando uma blusa branca da Nike junto com um short jeans claro.
── Coloca uma calça. ── ignorei ele e caminhei lentamente até minha penteadeira pegando meu creme ── A noite vai esfriar Mariana.
Tiro meu roupão, como só estava de calcinha e sutiã. Não vi problema já que o doido me vê de biquíni direto.
Passo o creme no corpo escutando seu resmungo, ignorar é a melhor coisa a se fazer.
── Meu perfume... ── sussurro procurando o perfume de maracujá que tanto amo.
Vi a mão de gigante pegar meu perfume e encaro o homem a minha frente com cara de cu.
── Me passa esse perfume logo Vitor Hugo. ── mando.
── Fala comigo, porra. ── cruzo os braços e ele me olha triste.
── Eu não tenho, nada, pra falar com você. ── ele resmunga ── Fala com o cara que você matou. ── tento pegar o perfume de sua mão e ele me puxa pro seu colo ── Me solta, seu porra!
Tento sair de seu colo e ele apenas fica sereno sem afrouxar o aperto.
── Para com isso vida, não fica brava comigo. ── me abraça ── Eu prometo não surtar mais.
── Eu pago pra ver. ── mordo seu braço e ele me solta ── Quer saber Vitor? Vai a merda! To cansada de você e suas merdas.
Coloco minha roupa e em seguida o boot. Me analiso bem no espelho e pego o perfume dele passando em mim. Vitor é cheiroso pra porra, não usa malbec atoa né.
── Eu sei onde você vai, viu? ── me pergunta e coloco meu roupão no varal da varanda.
── Aproveita e fica lá vendo eu beijar algum garoto aleatório. ── abro a porta e saio do quarto.
Eu demorei um teco no banho, mas não significa que já são três horas. Mando mensagem pro Caio pedindo pra ele ir mais cedo.
Dei tchau pra minha vó e sair de casa. É verão né? Por isso tá um tempo gostosinho aqui em São Paulo.
Tem dia que fica um calor dos infernos de manhã, quando chega a noite, só falta nevar.
Vi o preto no banco da praça e corri até ele.
── Cheguei! ── aperto sua cintura o assustando.
── Aí puta! Tá louca porra!? ── rir e o abracei fortemente ── Tá bem nega?
── Melhor. ── o respondo ── E você? Como tá?
── Indo né? ──murmura olhando pro nada ── Tá sabendo que o Gabriel virou aviãozinho?
── Nem fudendo. ── abro a boca surpresa.
── É minha fia.
── Que merda em amigo, ele tinha cara de ser tão legal...
── Você fala como se ele tivesse morrido. ── gargalho.
── Eu espero que ele tenha morrido pra você ao virar traficante. ── ele olha pro nada ── Corre que é furada.
── Ah, sei lá. ── resmunga ── E Cabelinho?
── Ignorado com sucesso. ── ele sorrir.
── Você não vai aguentar ficar tanto tempo sem falar com ele, sabe disso. ── bufo.
── A esperança é a última que morre.
── Você é burra mais não tanto Mariana. ── o encaro confusa ── Da pra perceber a quilómetros de distância que o Vitor não quer ser só seu tio.
── Ele quer ser meu pai!? ── sigo sua linha de raciocínio.
── Tu é burra em. ── reclama ── Ele quer no máximo te comer. ── arregalo os olhos ── É menina, transar, fazer sexo, trepar, foder...
── Eu sei o que é isso. ── falo em choque ── Mas acho que você viajou demais...
── Que nada gata, repara bem que você percebe. ── analiso bem o céu azulado pensando no que o Caio falou.
Será que ele quer ficar comigo?
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