TEI e um quase beijo....

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Liam Dunbar pov:

  — Não preciso da sua ajuda — Digo para Raeken que estava sentado ao meu lado na sala de jornalística.

  — Sério? Porque parece que você precisa sim— Diz soberbo e insuportável como sempre.

  — E por que você acha isso? — Ironizo e ele olha para baixo, mais expecificamnete para o caderno de anotações que eu tinha em mãos.

  — Porque você errou três de cinco regras do lacrosse — Um sorriso ladino imbecil aparece em seu rosto e ele levantou o olhar. Confesso que o jeito que ele me olhou de baixo para cima pareceu muito submisso a mim e isso me tirou do chão, mas foco,Liam, ele ainda é Theo Raeken.

  — Idiota — Fecho a cara e puxo uma borracha a minha frente com raiva apagando tudo o que escrevi. Sim, eu sou mesquinho a esse nível. De ficar puto comigo mesmo ao errar algo tão simples e fácil. Fui criado assim, eu cresci assim.

  — Aí, relaxa, você errou porque não sabia sobre o esporte, não precisa explodir a toa — Diz se jogando na cadeira e eu olho para ele, fúria estampada no meu rosto ao ouvir aquilo.

  Ele que estava sorrindo olhando para mim agora desfaz o sorriso e fica sério ao ver minha expressão.

  — Vai ajudar os outros alunos a escrever as merdas das regras desse jogo— Digo pegando minhas coisas e me levanto — Idiota.

  Meus pais se separaram quando eu tinha 2 anos de idade e depois disso, pela irresponsabilidade de uma justiça eu tive que morar com meu pai até os meus 8 anos.

  Ele me criava de uma forma difícil, mas tinha que ser assim já que minha mãe não trabalhava e meu pai tinha mais rendas para me manter.

  Ele sempre me batia quando eu errava alguma coisa, desde uma lição feita errada a uma tarefa doméstica que não foi feita corretamente, literalmente qualquer coisa errada eu apanhava.

  Eu tampava as marcas com maquiagem para ninguém descobrir mas uma vez eu esqueci de esconder um dos machucados e Mase viu. Ele falou com minha mãe e ela entrou na justiça para pegar minha guarda de volta.

  Comecei a morar com minha mãe e meu padrasto e ela começou a estudar direito e virou uma advogada perfeita. Sempre ajuda a investigar a família das pessoas para descobrir se elas são boas psicologicamente e financeiramente. Isso tudo graças a mim e meu passado doloroso.

  Então é sempre doloroso para mim errar, tenho um trauma com isso e é por essa razão que eu sempre fico irritado comigo mesmo ao errar. Talvez Theo tenha ficado confuso com minha mudança rápida de humor mas eu estou mais preocupado em sair daquela sala e fugir das vistas das pessoas.

  Eu ouvi ele me chamando, provavelmente e obviamente confuso com o que aconteceu a segundos atrás. Ouvi seus passos atrás de mim, me seguindo, me deixando sem ar de ter alguém perto de mim quando o que eu mais quero é ficar sozinho.

  — Tá tudo bem? Você ficou bravo do nada. O que aconteceu? — Sua voz era abafada e distante. Merda, isso sempre acontece quando fico fora do controle, sempre que fico instável com minhas emoções.

  Pode parecer besteira ou drama mas pra uma pessoa que tem TEI, instabilidade nas emoções pode ser perigoso tanto para mim quanto para os outros. Eu não lido bem com as emoções então eu tento ao máximo não me exaltar, falho na maioria das vezes.

Um cupido traiçoeiro (thiam) Onde histórias criam vida. Descubra agora