Que dia estranho

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Siglas dos personagens:

Jm - Park Jimin

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Parecia que existia uma força superior que em toda manhã puxava Jimin para de volta a sua cama, mas infelizmente não podia realizar esse sonho de dormir até tarde. Agora tinha responsabilidades e contas para pagar, então não podia se dar ao luxo de desfrutar mais alguns minutos da sua confortável e quentinha cama.

Mesmo com seu corpo implorando por mais alguns minutos Jimin estava animado para ir ao seu trabalho. Para os outros parecia algo impossível de alguém sentir, mas para Jimin era ter o seu sonho realizado. Durante toda a sua infância soube que queria ser confeiteiro e ter sua própria confeitaria, mas seus familiares apenas riram de seus sonhos infantis e falaram o quanto esse trabalho era inútil e apenas pessoas com o intelecto baixo conseguem. Para uma criança aquilo foi destruidor, não poder contar com seus próprios pais algo te você tinha certeza que amava, a única pessoa que botou fé em si foi sua avó.

Na sua adolescência Jimin trabalhava escondido em uma pequena confeitaria, o dono adorava ter Jimin por perto e sabia do seu sonho de ter uma confeitaria então sempre lhe dava dicas de administração e na fabricação de doces. Estava tudo mil maravilhas, até por conta de uma fofoca de seus vizinhos o seu trabalho foi descoberto por seus pais e sua vida virou de cabaça abaixo.

Seus pais brigaram com sigo e o humilharam na frente de toda a vizinhança, e para completar toda a sua desgraça foi expulso como se fosse um rato com doenças. Sua avó foi a única a ficar do seu lado e a estender a mão quando mais precisou, era realmente uma pena que a mesma não conseguiu viver para seu neto realizando seu sonho.

Com muito esforço Jimin conseguiu abrir sua adorada confeitaria em Verona, uma cidade italiana da região de Vêneto. Não era uma confeitaria conhecida mundialmente, mas era o seu espaço de felicidade, onde conseguiu construir com seu próprio esforço e trabalho duro.

O mesmo não tinha tantos clientes, mas cada cliente que entrava na sua confeitaria era tratado com realeza por Jimin. Com essa rotina era bem cansativa, mas ainda assim era satisfatório chegar em casa depois de um longo dia de trabalho tendo feito o seu melhor para mostrar para os outros que ele era um bom confeiteiro.


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Em mais uma manhã de trabalho foi como se Jimin tivesse sido atingido pela musa Clio, várias ideias para novos doces ocupavam a maior parte dos seus pensamentos e estava roendo as unhas de ansiedade para chegar em sua cozinha e botar a mão na massa. Mas antes que pudesse ir para o seu cantinho tinha que passar no mercado para comprar alguns ingredientes que estavam em falta.

Jimin nunca admitiria, mas ele adorava ouvir sobre fofocas e como não tinha amigos para contar sobre era um fato que elas nunca se espalhariam. Com seus ouvidos bem atentos Jimin escutou uma conversa interessante entre duas velhinhas. Aparentemente os crimes da região haviam diminuído e era tudo feito de uma família de mafiosos que havia expandido seu poder para aquela região.

Para si era algo bom, já que podia andar nas ruas sem medo de ser roubado ou algo do genero, mas não queria se meter com uma família de mafiosos. Acima de tudo Jimin amava sua vida e não pularia em uma cova de leões.

Depois de ter finalizado sua compra Jimin corre para a sua confeitaria começar mais um dia de trabalho duro. Enquanto caminhava percebeu vários carros pretos estacionados na rua, mas não havia nenhum sinal de festa ou confraternização por perto para ter esse tanto de carros, ainda mais em uma rua consideravelmente tranquila sobre movimentação de carros.

Mas não era algo que lhe chamasse tanta atenção para atiçar a sua curiosidade e ir atrás de algum significado, no momento só queria chegar no seu pedacinho de felicidade e começar mais um dia de trabalho.

A primeira coisa que fez ao entrar na confeitaria foi correr para abastecer a cozinha e montar a sua vitrine, uma das suas partes favorita de toda a loja. Logo depois, começar a pôr suas ideias em pratica. Jimin adorava inovar novas receitas e ao mesmo tempo prova-las, mesmo aderindo um estilo de vida saudável tinha que tomar cuidado com o tanto de doces que ingeria diariamente na confeitaria, mas mesmo assim adorava saborear seus amados doces e alguns salgados que se aventurava a fazer.

Estranhamente naquele dia não tinha tanto movimento de clientes quando o normal, mas poderia focar em testar as novas receitas e focar na parte que mais desgostava de todo esse ciclo culinário. Escolher um nome para as novas receitas. Jimim poderia ser criativo para criar novas receitas e misturas de doces, mas lhe faltava criatividade para nomeá-las.

Para não perder nenhum cliente Jimin leva todo o seu material, seu caderno de algodão doce e seu lápis, para a frente da loja podendo continuar seu trabalho tedioso de nomear doces. Estranhamente em seu dia não teve quase nenhum cliente, ao menos olhando pelo lado positivo conseguiu nomear todos os doces com nomes realmente criativos.

Pela falta de movimento Jimin decidiu fechar a confeitaria mais cedo do que o normal, podendo assim ter um momento de descanso e passar mais tempo com o seu cachorrinho, Loko. Quando estava terminando de guardar os doces da vitrine o som do sininho da porta se fez presente no local. Indo ver quem era Jimn avista uma senhora com uma face bem carinhosa.

Jm – Bem vinda, no que eu posso ajuda-la? - pergunta educadamente.

- Me parece que eu cheguei tarde demais. - fala a mulher com seu tom doce – Me perdoe por te atrapalhar.

Jm - Não tem problema, eu estava saindo mais cedo do que o necessário. - responde educado – Mas então, no que eu posso te ajudar?

- Eu gostaria de uma fatia de bolo red velvet e uma xicara de chá de maracujá, por favor.

Jm - Só um minuto. - sai de vista da senhora para buscar o pedido da mesma – Aqui está, gostaria de mais alguma coisa?

- Não querido, isso tudo está perfeito. - agradece comendo a sua fatia de bolo.

Para dar privacidade para a mulher Jimin volta para a cozinha e aproveita para deixar tudo limpo e organizado para o próximo dia. Quando estava quase tudo terminado escuta a mulher chamando por si para pagar sua conta.

- O bolo e o chá estavam maravilhosos, você tem um grande talento em suas mãos. - fala a mulher com o seu tom amoroso.

Jm – Eu agradeço. - fala com as bochechas levemente avermelhadas – Tudo ficou 21,00 euros.

- Aqui querido, não precisa do troco. - a mulher entrega uma nota de 50,00 euros para Jimin, que fica boquiaberto.

Antes que Jimin pudesse falar algo sobre o dinheiro excessivo a mulher já havia saído da confeitaria sem deixar rastros.

Jm – Que dia estranho. 

My real family is the MafiaOnde histórias criam vida. Descubra agora