I Hate You | sunki

O4 · Declarar-se ou sofrer mais?

"Eu troco a estrela por um beijo seu
Eu troco aquela lua pelo seu olhar
Eu deixo de viver meu paraíso
Minha verdade é você o meu lar."
– Amor de Verdade, MC Kekel e MC Rita.

[💋]

Mais um dia de aula comum como os outros.
Porém, um pouco diferente...
— Hoje, alunos, vocês terão apenas que anotar sobre o primeiro trabalho do ano.

— Sobre o que seria? – Haruna perguntou.

— Que voz irritante. – Sunoo acabou falando um pouco alto demais.

— 'Tá incomodado, anjo?

— Sunoo, 'tás doido? – Jungwon disse sem acreditar no que ele acabou de dizer.

— Foi sem querer, eu juro.

— Sunoo, só não te mando p'ra fora da sala, porque hoje só irei avisar sobre o que é o trabalho, e passar este horário para outro professor. – Levantou-se de sua cadeira e ficou frente a frente com os alunos. — Bom, quero que façam um trabalho sobre os animais, podem usar a imaginação e fazer algo bem trabalhado.

Algumas horas depois, Sunoo e seus amigos já estavam indo embora.

— Sunoo é doido da cabeça, certeza. – Sunghoon zombava.

— Cala- – Sunoo paralisou.

— Cala o que? – Sunghoon franziu seu cenho olhando para Sunoo, e logo olhou para o que o garoto estava olhando.

Era apenas Haruna e Riki. Estavam juntos. Fazendo coisas de casais, melosidade, segurando as mãos e sorrindo um para o outro.

— Sunoo... – O garoto já tinha começado a andar novamente, passando do lado do casal que estava ali, desviando o olhar para não chorar. Riki olhou para o moreno que passava cabisbaixo em sua frente. Não entendeu do porquê o garoto não disse pelo menos um "oi".

Tentando ignorar o ocorrido só seguiu o caminho de casa, sozinho e ainda com aquilo na cabeça.

[💋]

Chegando em casa apenas seguiu reto, direto para seu quarto.

— Ué, por que o sun seguiu reto sem falar nada? – Seu irmão estranhou.

— Não sei, filho. Vai lá ver o que houve. – Fazendo o que a mãe disse, andou até o quarto de Sunoo, percebeu que a porta estava encostada e decidiu entrar.  

— Sun, o que aconteceu? – Seu irmão disse preocupado. — Responde, chato. — Min-jun percebeu que o mesmo estava a chorar, por isso não estava respondendo. — Mãe! Sunoo tá sofrendo por homem, ó! – Correu direto para sua mãe, pedindo para que ela resolvesse.

— Meu amor, o que houve? – Disse entrando no quarto, assim fechando a porta e indo na direção do filho. — Não quer falar sobre isso? – Ele apenas balançou a cabeça como um não. — Ah, mas tens de me contar pelo menos como foi o seu dia, quero saber as novidades. – O moreno levantou-se, ficando sentado ao lado de Ji-hye, e logo disse:

— Foi normal. Nada novo.

— Certeza? Nada que quer me contar?

— Não... – suspirou. — Na verdade, eu queria falar algo que ando guardando para mim mesmo.

— Pode falar, querido.

— Eu estou gostando de alguém.

— Nossa, que legal, filho. Quem seria o sortudo?

— O sortudo namora. – disse simples.

— Oh... – Ficou surpresa. — Eu entendo, já passei por coisa parecida na infância. – Riu. Porém percebendo que o filho baixou sua cabeça, começando a chorar novamente.

— Ele namora a menina mais chata do colégio. O que vou fazer, mãe? – Olhou para a mesma com o olhar de tristonho.

— Filho, não sei como posso ajudar, mas deveria falar o que sente. Talvez funcione. Mesmo ele namorando, ou não.

— Não, mãe. É uma má ideia. Ele só anda ao lado dela, não vivem separados. Como farei isso?

— Querido, se esse não for o jeito, o único jeito é continuar sofrendo e machucando cada vez mais o seu coração. – Disse enxugando as lágrimas do garoto. — Você que decide, ok? Não vou lhe forçar a nada. – Então se retirou do quarto, deixando-o sozinho.

[💋]

Segurar aquilo pra si mesmo por mais tempo seria difícil, sua mãe talvez esteja certa sobre o que disse. Guardar e sofrer mais, deveria sair de sua lista.

A parte de se declarar, de falar seus sentimentos para o mais velho, não seria tão fácil assim, nem um pouquinho.

Mesmo que ele tente, talvez a ideia não seja a certa, mas só há um jeito de resolver, não importa o que seja, deve ser algo para impedir de se machucar mais do que já está.

Esse será um longo dia, para o garoto. Ainda que já esteja quase acabando, ele resolverá o mais cedo possível.