Temp 1.1 - Vamos ao Futebol

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Máquinas de demolição passavam por cima do pequeno Colégio Pean Jiaget, que também era a moradia de seu diretor. A equipe de futebol estava devastada, completamente ferida pelo seu jogo de 5 minutos atrás e apenas o jovem Marcos conseguia manter seus olhos abertos para observar a destruição de sua escola. Ele via os jogadores do Instituto Auxiliadora sorrindo e apreciando a demolição, que havia sido conquistada com a vitória do time deles na partida. Antes que as máquinas terminassem de demolir tudo, Marcos desmaiou junto ao resto de seu time.

Duas semanas se passaram desde então, e um treino de futebol acontecia no ginásio da escola Sesi. Supervisionados pelo professor de educação física e técnico da equipe, Prof. Esparta, os goleadores Luiz e Delyan treinavam seus chutes, buscando dominar uma técnica especial em dupla, mas falhavam ao ver seus chutes sendo defendidos pelo goleiro JV. A cada tentativa, Jotavê defendia criando uma mão etérea coberta por gelo, sua técnica especial: Mão Congelante.

Prof. Esparta: Rapazes, vocês precisam chutar em sincronia pra técnica funcionar.

Luiz: Eu tô tentando, mas esse imbecil não chuta na mesma hora!

Delyan: Foda.

Luiz: Quem era pra fazer essa técnica comigo era Bruno, cadê ele?

Prof. Esparta: Ele e Vinicius foram receber o membro novo do time, o moleque se destacou no amistoso de handball semana passada.

JV: Bacana, ele vai jogar de quê?

Prof. Esparta: Vai ser o novo gandula da equipe.

Delyan: Foda.

Enquanto isso, na entrada do Sesi, Vinicius, um jovem de imc equilibrado, era acompanhado por seu grande amigo Bruno na cerimônia de recepção de novos alunos. Entre eles, alguns da escola destruída da cidade vizinha, como Marcos. Vini logo reconheceu que aquele era o novo aluno da equipe de futebol do Sesi e se aproximou do rapaz.

Vini: Eae cara, você tem cara de ser moral.

Marcos: Opa, tudo bom? Muito prazer, eu me chamo Marcos. Você também parece ser moral, moral!

Vini: Bem vindo ao Sesi, aqui é uma bosta tá ligado, mas você se acostuma. Pelo menos a gente bate uma bolinha pra compensar o quão merda é essa escola.

Marcos: Ah, então você é do time?

Vini: Sou, jogo como volante. Esse aqui é o centroavante, Bruno. Ele não é de falar muito.

Marcos: Opa, muito prazer Bruno.

Bruno: Salve! Bem vindo a equipe.

Os três seguiram conversando até o ginásio para apresenta-lo ao resto do time. No caminho de cinco minutos da entrada até o ginásio, conversaram sobre a destruição da escola anterior de Marcos feita pelo Auxiliadora, e como o time daquele colégio é poderoso.

Vini: Eu e Bruno não estavamos na equipe na ultima vez que jogamos contra eles, mas ouvi dizer que o jogo terminou em empate. 

Bruno: Eles são formidáveis, por alguma razão todos os jogadores de lá usam uma faixa vermelha no braço, mas creio que deve ser só estética.

Marcos: Eu vi essa faixa quando minha equipe jogou contra eles. Quase todo mundo foi parar no hospital. Meu amigo Cauã nem quer mais saber de futebol depois daquilo.

Vini: Eu entendo ele, e eu saísse com as duas pernas quebradas depois de um jogo também não ia querer... mentira, ia sim.

Ao chegar no ginásio, cada membro da equipe se apresentou a Marcos e Jonathan, outro novo jogador que aspirava assumir a posição de atacante central/centroavante, mas o máximo que conseguiu foi ficar na reserva por enquanto.

JV: Eu me chamo João Vitor, mas vocês dois podem me chamar de Senhor JV. Sou o goleiro do time.

Guga: Opa, sou Gustavo Lopes, lateral direito.

Dan: E gente do sítio joga aqui agora é?

Prof. Esparta: Olha o respeito, Dannilo.

Dan: Hom, esse time vai perder o primeiro jogo se deixar esses caba entrar, ainda bem que é gandula. Eu jogo no meio de campo.

Carlos: Eu sou Carlinhos, meio atacante.

Dickson: Meu nome é Mikhael Dickson, lateral esquerda, sou o melhor desse time aqui, pode botar fé. - Logo após dizer isso, o pequeno Dickson tomou um pescotapa de alguém não muito maior que se aproximava por trás, e logo se pôs a falar:

Kaio: Tu lá é ninguém. Eae rapazeada, eu sou Kaio Leon, zagueiro. - O jovem de óculos esbanjava o número 24 em sua camisa. - Esse aqui é Vittor, zagueiro também, mas não tão relevante. - Disse enquanto apontava para outro anão.

Delyan: Foda. Eu sou Delyan. Eu era da equipe de corrida, mas me colocaram de ponta esquerda nessa merda...

Jonathan: Pode falar um pouco mais alto, meu senhor?

Delyan: Eu... E-EU SOU DELYAN!

Jonathan: Calma, também não precisa gritar.

Luiz: Oi pessoal, eu me chamo Luiz Felipe e sou o ponta direita da equipe.

Marcos: É um grande prazer conhecer todos vocês e fazer parte da equipe!

Jonathan: Digo o mesmo que o bochechudo aí.

Prof. Esparta: Agora que todos já se apresentaram, vamos dar continuidade ao treino. Luiz e Delyan ainda precisam dominar o Impacto Duplo. Bruno, vá pra outra trave e treine com JV até você conseguir encaixar a técnica secreta que eu te passei, precisamos dela no próximo jogo.

Assim, todos voltaram a treinar. O primeiro jogo do Sesi no Futebol Fronteira seria contra o Ação, uma das escolas mais fortes da cidade, portanto não poderiam descansar no tempo que restava para treinar.

To be continued...

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