Posfácio

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Hades estava a meses inquieto. Desde que Tisífone tirará os irmãos di Angelo do cassino Lótus.

Era inverno, não deveria estar em Murano. Deveria estar em seu castelo juntamente de sua esposa, mas lá estava ele, em um jardim afastado do centro da cidade com uma vista incrível. Ninguém além do deus frequentava aquele lugar há décadas. Forá o lugar onde ele é Maria di Angelo se encontravam em segredo antes do nascimento de Bianca, e o lugar onde ele escolheu enterra-la quando seu querido irmão assasinou a mortal que o rei do submundo mais amou em toda sua existência.

Era uma cidade próxima a Veneza, menos que cinco quilômetros. Era a noite do solstício de Inverno. A algumas centenas de quilômetros, em Nova Iorque, mais especificamente no 600° andar do Empiret states, o Olimpo estava em festa.

Hades não entendia o porquê, Cronos ainda estava a solta se fosse isso com que eles se preocupavam, os filhos deles continuavam morrendo.

Cronos. Hades adoraria que ele voltasse para que o senhor dos mortos pudesse tortura-lo pelo resto da eternidade. Mas ele se culpava. Pelo Caos! Como ele se culpava.Se culpada por não ter discutido o bastante com a teimosa de Maria, se culpava por não ter conseguido proteger seus filhos. Agora Nico estava sozinho vagando pelo Estados Unidos, Stella estava presa em um navio sobre controle de Cronos, e Bianca estava perdida, sabe as parcas onde.

– Hades? - Ele ouviu a voz melodiosa feminina.

O deus se virou e encarou uma mulher com cabelos castanhos escuros, olhos escuros e um sorriso semelhante ao de sua filha mais velha, tinha os cabelos presos em um coque, usava um vestido preto, um colar de pérolas, luvas e um chapéu preto velado como uma estrela de um filme antigo dos anos 40.

–Ma-Maria? - Ele se sentiu ridículo, o deus dos mortos gaguejando? A italiana sempre teve esse poder, fazê-lo perder sua máscara de intocável sem sentimentos.

–Mi amore - Ela deu um sorriso fraco, sua voz era empoeirada.

–Eu quebrei o acordo- O rei dos mortos disse com uma voz trêmula.- Sinto muito, não os protegi. Eu falhei.

Ela não respondeu.

–Fique aqui! - Ele praticamente implorou. -Não posso fazer isso sozinho

–Sinto muito- ela sussurrou e sua forma tremeluziu.

–Pai?

–Melinoe? - Ele foi rápido em se recompor. - O que está fazendo aqui?

–Pergunto-me o mesmo. Eu fui invocada, ou melhor dizendo, ela foi convocada. - A deusa dos fantasmas disse indicando a mulher italiana que agora estava quase desaparecendo.- Nunca nos cansamos disso, né?

Hades respirou fundo e encarou sua filha. Sua forma mortal naquele momento era de uma jovem com dezesseis anos, os cabelos negros eram longos até a cintura, pele clara, quase como se nunca tivesse tomado sol na vida, seus traços eram iguais aos de Perséfone, mas a personalidade das duas era extremamente diferentes. A forma da deusa não era exatamente sólida, ela tremeluzia entre uma forma sólida e transparente.

–Eu só-

–Está tudo bem, não me deve satisfações. Eu guardo seus segredos e você guarda os meus - Ela disse calmamente - Mamãe não precisa saber de certas coisas.

–Obrigado. - Hades agradeceu. - Como está?

–Ah, por favor pai.- Ela exclamou- Não finja que se importa.

Hades se sentia mal por Melinoe, ela nunca realmente sentiu que alguém se importasse.

–Se me dá licença, eu tenho coisas importantes para fazer. - Ela se despediu e desapareceu, levando a imagem de Maria com ela.

Hades suspirou e invocou uma rosa vermelha e a depositou no túmulo de sua amada, em seguida olhou a paisagem e obrigou-se a voltar ao submundo.

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—> Esse é o fim da primeira parte dessa história (que mal começou)

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—> Esse é o fim da primeira parte dessa história (que mal começou)

—> Eu não tenho data específica para postar a continuação, mas (provavelmente) deva sair em novembro

—> Se vocês tiveram sugestões ou teorias para a continuação eu adoraria saber

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(🇧🇷/🇵🇹 Beijos!)

Di Angelo | A maldição de AtlasOnde histórias criam vida. Descubra agora