Capítulo 26

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A partir de agora, alguns capítulos vão estar narrados em primeira pessoa por motivos de eu achar que não só vocês estão sentindo falta de capítulos assim.

-Precisamos de navios! - disse Tarquin.

-A mobilização das tropas está se tornando um assunto delicado, o fluxo de pessoas atravessando as fronteiras das cortes tem crescido a cada dia. Isso prejudica o monitoramento dos oficiais.- apontou Viviane.

-O inverno se aproxima, logo a colheita se mostrará insuficiente e vamos ter problemas com o abastecimento das tropas e das populações. O que vamos fazer Lucien? - Feyre suspirou cansada enquanto se recostava na cadeira. Ao seu lado Rhysand acariciava as costas das mãos da fêmea, com os olhos alheios à reunião.

O palácio da corte Diurna amanheceu barulhento hoje. Se passaram trinta dias desde a última vez que receberam notícias de Nyx Acheron, um bilhete escrito com uma caligrafia desconhecida dizia saber onde Nyx estava chegou a minha, quem escreveu pediu para que não avançássemos até que outra mensagem fosse enviada.

Não sei o que me fez agir de acordo com suas palavras, mas não pude fazer nada além de aguardar, não tinhamos nenhuma localização, logo nenhuma chance de resgate e as tropas de Amarantha se mostravam cada vez mais quietas; e isso estava deixando todos aflitos. Uma assembleia era feita todas as semanas, os conselheiros, grã- senhores e generais se reuniam na grande sala e discutiam possibilidades,avanços e preocupações.

Poucas tem sido as boas notícias ultimamente, e isso tem afetado consideravelmente o meu humor.

-Mandem que todas as cortes separem vinte e cinco por cento das colheitas deste ano, construam armazéns ou qualquer ambiente que possam colocar os grãos sem que estraguem. As frutas e verduras serão o maior problema mas isso teremos que analisar mais adiante, acredito que uma corte possa suprir a outra na falta de um ou dois grupos de alimentos, já que plantam e colhem em tempos um pouco diferentes.- esfrego os olhos tentando o máximo possível não mostrar o quão enjoado estou olhando aquela mesa.- Sobre o fluxo de pessoas.- olho para Azriel sentado ao meu lado direito pedindo aos deuses que ele entenda o meu pedido silencioso.

-Podemos usar a rota da floresta negra, ela passa por grande parte do território da corte Estival até aqui. É uma rota muito diferente da usual mas me parece pertinente para o momento. Dessa forma, vamos repartir as tropas e diminuir o fluxo de pessoas entrando e saindo das fronteiras.

-Mas uma separação dessas não tornaria as tropas mais vulneráveis a ataques?- perguntou Helion.

-É uma possibilidade.- concordou Azriel.- Mas vamos ter mais chances de passar sem chamar atenção desnecessária em grupos menores, do que uma caravana sem fim de guerreiros cansados.

-Precisamos de navios de ataque, se Amarantha estiver se alinhando com Koren é melhor nos prepararmos para um ataque fatal.- comentou Kalias.

-Miryam poderia nos ajudar nessa.- aponta Jurian.- Ela tem uma caravana de navios muito bem armada e não é a primeira vez que ela se envolve em um conflito assim.

-Seria perigoso, estaríamos colocando em risco o pacote. - suspiro frustrado, depois do ataque ao Palácio ficamos paranóicos com informações importantes dadas no ar, agora só falamos em códigos ou escrevemos, se escrevemos temos que teimar. Isso é tão frustrante.

-Poderíamos chamar o homem com o rabo novamente.- sugere minha mãe, estreito os olhos pensando se ela está só seguindo o protocolo dos códigos ou se ela realmente se esqueceu do nome dele mais uma vez. - Já nos ajudou em uma luta uma vez, poderia nos ajudar agora.

-Isso está fora de cogitação mamãe. Cardan não pode se manter novamente em assuntos que não sejam de seu reino, não é um confronto interno; é uma guerra que pode tomar proporções que prefiro não imaginar.

Corte da IrmandadeOnde histórias criam vida. Descubra agora