Capítulo 5

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𝐉𝐎𝐄 𝐆𝐎𝐋𝐃𝐁𝐄𝐑𝐆.

    Max Western. Não foi bem difícil achar seu ex maluco. Digo maluco porque seria maluquice perder você à preço de nada.

    Max é rico e mimado como eu imaginei que seria. Não muda absolutamente nada no que penso sobre ele, na realidade, apenas acrescenta ódio. Como você, tão digna de amor, namorou uma coisa dessa?

    E você não tem justificativa, já que já é rica por conta própria e nem beleza esse cara tem. Não tem motivos para estarem juntos. É palhaçada.

    São sete da manhã no meio do inverno Nova Yorkino. E eu deito com o peito para cima, batucando os dedos no início da barriga. Penso se vale a pena me mover para pegar Max. Eu diria que por você tudo vale a pena.

    Mas está tão frio.

    Frio geralmente era a minha estação preferida quando criança. Minha mãe costumava a me levar à bibliotecas públicas e ouvir professores desocupados lerem livros infantis que não levavam a propósito nenhum. Eu não ouvia-os. Se quer prestava atenção em seus nomes. Eu procurava a sessão de ficção científica.

    Sempre foi o meu forte leituras que não estavam preescrevidas à minha idade realmente. Minha mãe não ligava. Eu nem a via apartir do momento em que pisava no local, sempre foi. Sumia mundo afora. E eu lia Shakespeare para redações da escola.

    Suspiro e levanto. Ela vale a pena.

[...]

    Graças, meu moletom preto esquenta boa parte da minha pele. O boné esconde meu rosto e minha vontade real. Estou em frente à Gates Western. Claro que ricos e mimados têm empresas pagas pelos papais que também foram ricos e mimados. Max não é diferente das crianças que faziam chacota comigo na escola. É uma criança crescida. Idiota, imatura.

    E sinceramente, Ellie, como seu coração se parte por alguém que utiliza calções de abacaxi, em público, em pleno inverno constante?

    Reviro meus olhos. Ajeito o boné, retiro flocos de neve da calça jeans e atravesso a rua. É tão cedo para alguém inútil como Max estar acordado, o que significa que ele não deve ter dormido e está só o pó.

    Apesar do frio desagradável, ainda penso que a minha jornada está começando. Por um sorriso teu, poderia fazer as coisas que o meu pior lado é capaz.

    Mas, o que eu posso fazer quando existem pessoas como Max? Ou como Elijah. É de praxe que essas pessoas, ou melhor, estes homem, sempre venham a demonstrar seus dotes de fazer uma bela moça chorar. E é aí que caras como eu, precisam entrar.

    Eu vou te proteger, Ellie.

[...]

    Depois de alguns certos dias observando a rotina do seu ex-namorado babaca, eu percebi que ainda não compreendo a sua paixão por esse acéfalo.

    Sério.

    Max é um ruivo de nascença. Criado por funcionários enquanto os pais trabalhavam, mas ele não liga para a sua criação, ou os criadores, já que esnoba todos que conhece. Se eu o matar, pode ser que mais pessoas dêem aleluia por isso. É uma questão pública de saúde mental se eu me livrasse dessa incoveniencia em forma humana.

𝐓𝐑𝐔𝐒𝐓, 𝒋𝒐𝒆 𝒈𝒐𝒍𝒅𝒃𝒆𝒓𝒈.Onde histórias criam vida. Descubra agora