Lovey Dovey

Chapter Fifteen

Ayana

Suas mãos entrelaçadas as minhas, um único abraço e eu me sentia sua, um sorriso e um beijo em seus lábios finos, o contato de nossa pele despertava meu corpo, um único momento, eu e você, eu não esperava que a queda seria tão dolorosa quanto esta sendo, você não me deu as mãos, não se colocou diante das pessoas que me fizeram mal, você jogou palavras soltas que destruíram minha alma.

Estou nesse banheiro colocando todas as suas mentiras para fora, desejo que você morra e eu te esqueça, porque eu achei que você me amava mas eu me enganei, você me odeia, de todas as pessoas do mundo eu sou a que você mais despreza.

Sento no chão e seco meu rosto molhado pelas lágrimas que insistem em cair e esvaziam meu peito, ouço as batidas na porta e uma voz que me soa familiar, eu estava distante, eu não conseguia repetir nenhuma palavra que me vinha a cabeça, tudo era um borrão, as risadas estavam mais altas e mais altas, eu levanto mas eu volto a cair, a porta está destrancada, quem quer que fosse abraça meu corpo.

-Nana.. eu sinto muito.. -Eu reconheço sua voz, era Lilian eu a abraço forte e deixo as lágrimas caírem molhando sua roupa

-Eu odeio o Michael, eu o odeio Lilian. -Digo firme

-Calma, respira viu, precisamos levar você para a casa.

Vejo que Traice estava atrás de Lilian, não consigo decifrar seu olhar, mas no fundo sinto que ela está feliz com esse término e com tudo que está acontecendo.

-Será que levamos ela na enfermaria? -Tracee pergunta com certo desdém

-Não! -Diz Lilian brava.

-Meninas, eu estou melhor, eu vou limpar meu rosto, tenho uma última aula de geometria e depois irei para a casa. -Lilian me ajuda a levantar, eu me sentia fraca, minhas pernas e mãos estavam tremendo e eu estava suando

-Ayana, tem certeza que você não quer ir a enfermaria? -Tracee fala com certa preocupação. -Parece que você levou um soco e você está pálida.

-Não, eu estou bem.

-Tem certeza Nana?

Assinto com a cabeça e começo a passar uma água em meu rosto.

-Ayana, sem querer me intrometer, mas você por acaso está gravida?

Eu desligo a torneira com certa agressividade, meus olhos encontram os de Tracee e a garota dá alguns passos para trás.

-Não, eu não estou grávida Tracee, porque se eu estivesse isso seria um grande problema para você, certo? -Encaro bem seu rosto e a garota endurece. -Eu sei que você gosta do Michael, mas saiba, ele é um grande filho da puta que adora brincar com os sentimentos das pessoas, um aviso, fica longe dele.

Termino pegando uma toalha de papel e dou ás costas as duas garotas que parecem ter congelado com a minha explosão.

[...]

Eu decido que é hora de me desfazer de tudo que me lembrava o Michael, pego suas roupas deixadas em meu quarto, todos os seus presentes e suas cartas e coloco tudo em uma caixa, seus pertences deveriam queimar e serem apagados como ele se apagou dentro de mim.

Mamãe estava em casa, ela vê todo essa movimentação e para na porta do quarto com a testa enrugada.

-Ayana, o que está fazendo?

-Vou jogar todas essas merdas fora, acabou.

-Filha, eu sei que..

-Mãe, o Michael me humilhou para toda a escola, eu o odeio e odeio ter amado ele por tanto tempo, eu nunca mudaria alguém como ele, eu não posso porque não é possível isso acontecer. -Falo e mais lágrimas caem molhando meu rosto, mamãe se aproxima e me abraça forte